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Morte de reitor e a Lei de Abuso de Autoridade

Líder da Oposição no Congresso Nacional, deputado Décio Lima, diz que a UFSC precisa voltar a ter autonomia

 

Parlamentares, juristas, professores, reitores, estudantes e familiares prestaram homenagem ao ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, nesta terça-feira (31), no plenário do Senado Federal.

Por mais de 2 horas, senadores e deputados usaram a tribuna do plenário para relatar o caso do ex-reitor Cancellier, prestar solidariedade aos familiares e destacar a necessidade de votar a Lei de Abuso de Autoridade na Câmara dos Deputados, já aprovada no Senado.

O líder da Oposição no Congresso Nacional, Décio Lima, afirmou que o país vive uma onda conservadora de autoritarismo e fascismo. Ele afirma que o caso do reitor chamará atenção da sociedade para casos de abuso de autoridade, arbitrariedade, assédio moral, constrangimento e truculência nas ações da Justiça Federal em todo o país.

Décio Lima Cao Cancellier
O líder da Oposição no Congresso Nacional, Décio Lima, afirmou que o país vive uma onda conservadora de autoritarismo e fascismo – fotos>Ag. Senado, divulgação

“A maior perversidade que está nesta tragédia seria nós, os catarinenses, brasileiros e defensores da Democracia, resignarmos. Não tirarmos deste acontecimento, que na verdade é uma síntese do conjunto de ações que o Brasil está sendo palco, na nossa pluralidade de pensamento e na defesa da Democracia como valor universal, não viemos a transformar e expressar a nossa indignação, com um ativismo de resultado e estagnar esta onda conservadora, autoritária e fascista”, afirmou o líder.

Juristas
Na sessão foi lido um manifesto assinado por mais de 200 juristas de todo o país em defesa do Estado de Direito e contra o abuso de autoridade.

Caso do ex-reitor Cancellier

Luiz Carlos Cancellier morreu no dia 2 de outubro em Florianópolis. Ele estava afastado do cargo e foi preso temporariamente em 14 de setembro na operação Ouvidos Moucos da Polícia Federal. Liberado em seguida, o ex-reitor era suspeito de obstruir as investigações sobre o desvio de recursos para o custeio da formação de professores do programa de educação a distância (EaD). Dias depois de negar as acusações e denunciar “a humilhação e o vexame” a que teria sido submetido, Cancellier se suicidou.

 

Crédito: Divulgação