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Colombo na linha de frente da tropa de choque presidencial

O governador Raimundo Colombo já está em Brasília desde a quarta-feira, 29, à noite. Hoje, 30, ele tem várias reuniões com ministros e participa do encontro chamado pela presidente Dilma Rousseff com os mandatários estaduais.
O catarinense, que mantém relação de amizade com a petista, foi um dos primeiros a confirmar presença e tem mantido uma defesa ferrenha da atual inquilina do Planalto, fazendo inveja até mesmo a petistas menos convictos. A interlocutores, o pessedista revelou que deve fazer parte da linha de frente da tropa de choque da presidente. A expectativa é que a maioria dos governadores, mesmo a contragosto, compareça.

COLOMBO DILMA CRISE REUNIÃODepois do “rompimento” de Eduardo Cunha (na verdade, ele nunca foi aliado do governo; tirou proveito até onde pôde), o governo trabalha para evitar um segundo semestre desastroso no Congresso. O presidente da Câmara sinaliza que colocará em votação várias matérias que compõem a chamada pauta-bomba; aquelas que acabam gerando mais dificuldades financeiras ao caixa da União.
No fundo, Dilma e seu staff pretendem, além de buscar uma blindagem que passaria, também, por evitar o impedimento da ex-mãe do PAC, dividir a conta da crise com os governadores. Se os parlamentares aprovarem projetos que acabem piorando o cenário econômico, as fazendas estaduais também enfrentarão novas dificuldades.

UNIFICAÇÃO DO ICMS
Entre as demandas que tiram o sono de Dilma, está a necessidade de se impedir a derrubada de vetos presidenciais, como ao reajuste do salário dos servidores do Judiciário; ajudar na aprovação do projeto que permite a repatriação do dinheiro de brasileiros no exterior e tentar barrar a aprovação da medida que muda a correção dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), de 3% para quase 6%.

O Planalto também quer unificar as alíquotas de ICMS em 4% para todo o país. Atualmente, cada Estado adota um percentual, criando uma espécie de “guerra fiscal”.
Resta saber até que ponto está a ascendência dos mandatários estaduais sobre os parlamentares federais. No caso de SC, Raimundo Colombo tem dificuldades com vários deles.

Foto: Secom, arquivo, divulgação