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Coluna do dia

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Dilma em SC: os números e a política

Do ponto de vista financeiro, a passagem de Dilma Rousseff pelo Oeste catarinense foi pífia. Pra dizer o mínimo. A presidente anunciou, com pompa e circunstância, a liberação de R$ 2,8 milhões para a reconstrução das estruturas atingidas. O recurso, enalteceu ela, se soma aos R$ 3 milhões já liberados para o ginásio Ivo Sguissardi, de Xanxerê. Ou seja, de fato, são R$ 5,8 milhões para ajudar as vítimas. Também ontem, a Defesa Civil divulgou os dados atualizados dos prejuízos na região. Eles se aproximam de R$ 110 milhões, ou seja, o que o governo prometeu liberar até agora não dá 5% do total estimado em perdas. Nos bastidores, há informações de que existem R$ 28 milhões do Ministério das Cidades para serem liberados, mas isso ainda é para o futuro. E mesmo que o montante venha para o Estado rapidamente, teríamos R$ 35,8 milhões. Muito pouco diante do rombo na economia oestina.

De qualquer forma, o presidente da Assembleia, deputado Gelson Merísio, que é natural de Xanxerê, considerou positiva a visita presidencial. Do ponto de vista humano, Merísio acredita que ela se sensibilizou com a situação depois que viu os estragos e conversou com o professor Valdir Marical, que salvou 28 crianças e adolescentes do ginásio que veio abaixo. Em seu discurso, Dilma citou Raimundo Colombo várias vezes, reforçando os laços de amizade que existem entre os dois.

 

Presenças

Além do governador Raimundo Colombo e do presidente da Alesc, deputado Gelson Merísio, foram ao Oeste três ministros de Estado: Gilberto Kassab (Cidades), Manoel Maneca Dias (Trabalho) e Gilberto Occhi (Integração Nacional). Por parte da direção estadual do PT, somente o presidente Cláudio Vignatti, além do deputado federal Pedro Uczai, que é da região. Pelos lados do PMDB, apareceram Mauro Mariani, Dario Berger e Valdir Colatto, que também é dali. Luiz Henrique está com o pé quebrado e não apareceu.

 

Sumida

Além da baixa representatividade petista no ato presidencial em Xanxerê, é impressionante como a ex-ministra Ideli Salvatti sumiu do circuito. Ela foi deputada, senadora e titular de três pastas ministeriais. E simplesmente não deu as caras e está no mais absoluto silêncio desde que deixou a esplanada. Postura que não condiz com o momento.

 

Sinalização

A presença do senador Dário Berger em Xanxerê durante a passagem de Dilma Rousseff é uma clara sinalização de que ele está se alinhando ao governo federal. Aliás, ele e Mauro Mariani formam a dupla peemedebista que faz oposição interna a Luiz Henirque, Casildo Maldaner e Eduardo Moreira, e se aproximam de Paulo Afonso Vieira, que inclusive tem cargo federal. É diretor da Eletrosul.

 

Raciocínio picotado

É impressionante a falta de capacidade da presidente Dilma Rousseff em articular um discurso claro, conciso e com raciocínio reto. Ontem, em Xanxerê, ela mante a forma costumeira: frases picotadas, algumas fora de contexto, erros de abordagem e voltas e mais voltas no mesmo ponto do assunto.

 

“Estadiozinho”

Dilma foi ao Ginásio Ivo Sguissardi, que ficou quase totalmente destruído e classificou o local como “simbólico”. Mesmo com a queda de quase toda a estrutura, dezenas de pessoas saíram ilesas. Para a presidente, houve um componente “miraculoso” ali. Dilma também chamou o ginásio de “estadiozinho.”

 

Contos eróticos

O jurista Péricles Prades lança, nesta terça-feira, a partir das 19h, na Alesc, seu mais novo livro: Espelhos Gêmeos – Pequeno Tratado das Perversões. Trata-se de uma obra de contos eróticos e um  convite irrecusável ao frenesi literário de prazeres e diversões. Publicado pela renomada editora paulista Iluminuras, a obra é a quinta do autor dedicada à prosa, mas a primeira em que o próprio se aventura no universo da “literatura erótica”