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Fiesc apresenta propostas para rodovias do Oeste

A infraestrutura é um fator fundamental para o desenvolvimento econômico de uma região, Estado ou País. Pensando nisso, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) lançou nessa semana, em Chapecó, o Grupo Técnico Rodovias Oeste SC do Futuro, com estratégias e propostas para a melhoria da segurança e eficiência da malha rodoviária da região.

O vice-presidente da FIESC e presidente da Câmara de Transporte e Logística, Mário Cezar de Aguiar, apresentou as propostas que foram divididas em três matrizes: investimentos, planejamento e política e gestão.

O valor estimado para sinalização das rodovias federais no Oeste é de R$ 30 milhões. Para a adequação de trevo e trecho rodoviário (terceira faixa) da BR-282 de Ponte Serrada a Chapecó o valor estimado é de R$ 77 milhões; de Chapecó a São Miguel do Oeste de R$ 158 milhões; para travessias urbanas R$ 140 milhões; projeto e construção do contorno de São Miguel do Oeste R$ 80 milhões; e nova ponte do rio Peperiguaçu R$ 40 milhões. Também foram feitos cálculos de estimativas para melhorias nas BRs 163 e 158. Para as rodovias estaduais o Grupo Técnico (GT) deve articular um levantamento dos recursos necessários para restauração e manutenção das rodovias.

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A intenção é realizar um planejamento sistêmico e integrado da malha de transporte da região, considerando a intermodalidade e a infraestrutura atual e futura da região para o curto, médio e longo prazo. Algumas das propostas são definir a conexão intermodal com a malha nacional de transporte e pontos de fronteira considerando os aspectos de suprimento e distribuição e a geografia socioeconômica, realizar estudo para solução logística no suprimento e distribuição da agroindústria da região e avaliar a implantação de um recinto alfandegado na zona primária do ponto de fronteira de Dionísio Cerqueira ou outro ponto na zona secundária.

Também foi apresentada a proposta de corredores rodoviários para o Oeste catarinense. O corredor principal inclui as BRs 163, 282 e 470, de Dionísio Cerqueira com alternativa para acesso aos portos de São Francisco e Itapoá. Aguiar argumenta que as BRs 282 e 470 juntas apresentam grande movimentação de veículos e movimentam cerca de 80% do volume de carnes destinadas aos portos. Quanto às concessões, a FIESC defende uma avaliação criteriosa, pois o valor do pedágio precisa ser justo e deve haver retorno do investimento dos usuários das rodovias.

Além do corredor principal, foram apresentadas três possibilidades de corredores secundários, abrangendo as principais rodovias da região: um deles inclui as SCs 283, 305 e 480, outro integra a BR-158 e as SCs 155, 157 e 160 e um terceiro abrange as SCs 135, 150, 350, 355 e 390.

Outras propostas são fortalecer o DNIT e o Deinfra e criar um projeto de humanização das rodovias catarinenses, com campanhas e educação no trânsito. Aguiar explicou que a intenção é compor o GT com representantes de entidades e parlamentares e realizar reuniões trimestrais para acompanhar resultados e definir ações e estratégias.

            PESQUISA

Um estudo da FIESC que analisou o estado de conservação e manutenção de 2.478 quilômetros de rodovias estaduais foi apresentado pelo engenheiro Ricardo Saporiti, que realizou o trabalho com apoio do CREA-SC. De acordo com ele, as intervenções que estão sendo feitas são insuficientes para melhorar a situação e a segurança das estradas. “O montante total dos recursos alocados em 2016 para as regiões analisadas, de R$ 4.603,42 por km, permite somente intervenções paliativas de forma precária e insuficiente, não atendendo às necessidades prementes de preservação. A conservação da malha rodoviária estadual exige investimentos mais robustos e que garantam uma solução definitiva para os problemas existentes, bem como um planejamento adequado da manutenção corretiva, preventiva e rotineira”, expôs.

Estudos do Instituto de Pesquisas Rodoviárias e do DNIT informam que o mau estado de conservação da rede viária resulta no acréscimo do consumo de combustíveis em até 58%, no aumento no custo operacional dos veículos em até 40%, na elevação do índice de acidente em até 50% e no acréscimo no tempo de viagem até 100%. “Estudos apontam que para cada US$ 1 dólar não investido em conservação e manutenção de uma rodovia serão necessários US$ 2,50 para restauração”, acrescentou Saporiti.

Foto de capa> situação das rodovias estaduais foi apresentada pelo engenheiro Ricardo Saporiti

Foto interna> representantes de entidades, empresários e parlamentares participaram do evento

Fotos>divulgação