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Indústria de SC defende reforma da Previdência

FIESC considera novas regras necessárias para garantir o pagamento das aposentadorias e melhorar contas públicas, liberando recursos para educação, saúde e segurança

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) defende a reforma da previdência e vai intensificar nos próximos dias as manifestações pela aprovação das novas regras de aposentadoria. “As novas regras precisam ser aprovadas para que os aposentados possam seguir recebendo seu benefício todo mês e para que os que ainda estão trabalhando e contribuindo recebam suas aposentadorias no futuro. Além disso, se as contas da previdência seguirem no vermelho, acabarão sugando cada vez mais os recursos que já são escassos para saúde, educação, segurança e para melhorar nossas estradas”, diz o presidente da entidade, Glauco José Côrte, acrescentando que equacionar a previdência é a questão mais importante para garantir o equilíbrio das contas públicas no longo prazo.

Fiesc reforma previdência

Ele destaca que além de desmistificar o tema e chamar a atenção da população para os riscos de não enfrentar o déficit, o posicionamento da entidade também tem o objetivo de fazer uma demonstração pública aos deputados e senadores catarinenses de que o setor empresarial apoia o projeto que está no Congresso Nacional, com previsão de ser votado nos próximos dias.

Em linha com a campanha nacional, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a FIESC adotou o mote “Previdência: reforma hoje, tranquilidade amanhã”. No site www.reformadaprevidenciahoje.com.br, há, inclusive, um quadro com mitos e verdades sobre o assunto. “Importante que a população saiba, por exemplo, que na regra para idade mínima para aposentadoria está previsto um período de transição e que só daqui a 20 anos ela será de 65 anos para homens e 62 para mulheres”, exemplifica Côrte.

O Brasil teria uma economia de R$ 1,02 trilhão até 2028, caso a reforma da Previdência estivesse em vigor desde 1º de junho deste ano. A projeção foi feita pela CNI, tomando como base as regras para aposentadoria previstas no texto que está sendo negociado entre o governo e os parlamentares. Entre essas regras estão a idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, a equiparação entre trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos e regra de transição até 2037.

A economia é significativa e aumenta na medida em que o tempo avança. Começa em R$ 2,87 bilhões, em dezembro de 2017, e cresce progressivamente até alcançar R$ 1,02 trilhão em 2028. Os valores da economia acumulados ano a ano foram calculados a partir de projeções feitas pelo Ministério da Fazenda e representam a diferença entre os gastos projetados com a manutenção das regras previdenciárias atuais e as despesas previstas com a mudança dos critérios para a aposentadoria. Além disso, o cálculo considera que, com a reforma, o déficit público diminuiria e, consequentemente, cairia o valor dos juros pagos sobre o valor economizado.

Para dar uma ideia da dimensão do valor que poderia ser economizado com a reforma, a CNI converteu esse valor, como exemplo, em número de hospitais e escolas, pois saúde e educação são serviços públicos importantes para todos os brasileiros. Com o R$ 1 trilhão que seria economizado até 2028, poderiam ser construídas 221.664 escolas ou 40.786 hospitais. Esse cálculo considera que cada escola custa R$ 4,16 milhões, como informa o Portal de Compras do Governo Federal. Para a construção dos hospitais, foram considerados os valores da Secretaria de Saúde de Mato Grosso, que orça em R$ 25 milhões a construção de um hospital com 350 leitos.