Blog do Prisco
Coluna do dia

Pirotecnia governista

Pirotecnia governista

A derrocada econômica já vinha dando sinais de que viria forte pelo menos desde 2012, mas os governos só passaram a admitir o quadro extremamente delicado, com crises política e moral, associadas à anemia produtiva, somente em 2015.

Os plantonistas do poder se vêm agora obrigados a admitir o quadro justamente porque não tomaram uma medida sequer a partir do momento em que os sinais começaram a ser emitidos na direção da desastrosa realidade atual.

Com o país ladeira abaixo, além do aumento da carga tributária, o marketing passou a ser a ferramenta-base para o governo federal e governos estaduais. Uma maneira bastante “virtual” de combater inimigos ferozes e reais.

Segundo informações do TCU e dos balanços divulgados pelo Planalto, na gestão de Lula da Silva, quando a atual presidente era a mãe do programa, foram entregues uma em cada cinco obras ou ações prometidas pelo PAC.

O PAC 2, já sob a gestão de mãe Dilma, seguiu na mesma toada. Em 2014, ano reeleitoral, chegou-se a falar na terceira versão do programa, mesmo com as duas primeiras totalmente inacabadas. Mas o governo foi além, inventou outras siglas pomposas, como o PIL – Programa de Investimento em Logística (seja lá o que isso quer dizer) – e vive de anúncios, propaganda e “inaugurações” de obras inacabadas com a presença de ministros nos Estados, como se viu na abertura do Hospital Regional de Biguaçu na semana passada. O nosocômio conta com apenas um terço da estrutura com capacidade de funcionamento de fato.

 

 

 

Alcance restrito

Outra ação emblemática no sentido de fazer barulho sem qualquer novidade ou investimento de fato foi o lançamento da campanha contra as drogas do governo estadual. Bem-intencionada na origem, basicamente ela se restringe ao marketing, que serve a interesses políticos e financeiros extremamente restritos.

 

 

 

Faltam recursos

Neste caso específico da campanha anti-drogas, não se ouviu falar em recursos destinados a centros de recuperação, à contratação de mais profissionais (psiquiatras, psicólogos e terapeutas) para as poucas estruturas já existentes e muito menos investimentos maciços na educação, que combateriam naturalmente a epidemia dos entorpecentes, lícitos ou ilícitos.

Enquanto a mídia se diverte e o público se distrai com tanta pirotecnia, os problemas da vida real seguem atravancando o futuro de milhões de brasileiros.

 

 

 

Sem CPMF

A reação dos empresários e políticos frente à proposta de ressurreição da CPMF foi tão forte que o governo desistiu deste formato depois de reuniões que Dilma Rousseff pilotou no fim de semana. Não há ambiente político e econômico para o retorno da famigerada “contribuição”.

 

 

 

 

Posse

Advogada Ana Cristina Blasi será empossada como juíza titular do TRE na sexta-feira, dia 4 de setembro. A investidura dela na corte é também uma vitória institucional e política de Tullo Cavallazzi Filho, presidente da OAB-SC, e do deputado federal Décio Lima (PT). Consequentemente, favorece a eleição do advogado Paulo Brincas, no pleito da Ordem em 15 de novembro.

 

 

 

 

Criciúma

O deputado estadual Luiz Fernando Vampiro reassumiu a presidência do PMDB na maior cidade do Sul do Estado. O ato reuniu parte da cúpula partidária na sexta-feira. Eduardo Pinho Moreira, Dário Berger e Valdir Cobalchini concederam coletiva a imprensa e reafirmaram candidatura própria a prefeito no ano que vem.

O próprio Vampiro é nome mapeado, além do secretário de Articulação Nacional, Acélio Casagrande.