Blog do Prisco
Destaques

Câmara de São José inicia análise de projeto que prevê internação involuntária de dependentes químicos

Proposta atende reivindicação da sociedade, que pede tratamento para dependentes de álcool e drogas que insistem em permanecer nas ruas

A Câmara Municipal de São José deu início nesta semana à análise do projeto de Lei, apresentado pelo prefeito Orvino Coelho de Ávila, que institui o Programa de Internação Involuntária de Dependentes Químicos no Município. Segundo o presidente, vereador Matson Cé, a proposta, que foi sugerida pela Mesa Diretora da Casa, com amplo apoio dos demais vereadores, seguirá os trâmites do Legislativo, passando por todas as comissões necessárias e deve ser votada na aproximas sessões, assim que vencer essas etapas.
Matson é um dos defensores da proposta e ajudou na montagem da proposta inicial que foi entregue ao prefeito. Ele entende que é necessário atender as famílias que vivem o drama de ter um ente querido nas ruas, vítima principalmente das drogas e alcoolismo. Além disso, na opinião do dirigente, também é necessário dar uma resposta forte a sociedade, que clama por iniciativas para conter o avanço dos problemas envolvendo as chamadas populações de rua.
O projeto prevê que o Programa de Internação Involuntária atenderá dependentes químicos, pessoas em situação de rua e/ou com transtornos mentais no município, conforme a lei federal 13.840/2019. “A internação involuntária ocorrerá a pedido da família e com autorização de um médico. Poderá ser feita por órgãos públicos quando a pessoa tiver os vínculos familiares rompidos”, destacou o presidente da Câmara.
De acordo com a proposta, a internação será indicada diante da avaliação sobre o tipo de droga utilizada e também o padrão de uso e se não houver alternativas ao tratamento. O MPSC deverá ser notificado sobre cada internação. A família ou o representante legal poderão pedir a interrupção do tratamento, que deverá ser, por padrão de até 90 dias, mas até prolongado se o médico avaliar a necessidade.
O projeto de lei ainda autoriza o funcionamento de clínicas especializada, específicas para o tratamento de dependentes químicos da população de rua. A internação não poderá ocorrer nas chamadas comunidades terapêuticas e terá uma duração de cerca de 90 dias.
Segundo a prefeitura essa é uma das medidas de São José diante do aumento da população de rua, que inclui também reforço das equipes de abordagem social. Nas ruas, a população abordada é orientada a buscar o Centro POP. Ainda conforme a prefeitura, apenas em 2023, o Centro POP atendeu mais de 4 mil pessoas em situação de vulnerabilidade, que receberam alimentação e apoio para refazer documentos e se reintegrar ao mercado de trabalho.

Posts relacionados

Alesc em Portugal: Parcerias Estratégicas para SC

Redação

Univali é homenageada em Sessão Solene na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú

Redação

Comitiva do Ministério das Cidades visita Quantum Engenharia para tratar de emissão de Debêntures Incentivadas para PPPs de Cidades Inteligentes

Redação