Na semana passada, abordamos neste espaço a eterna dificuldade de renovação na política brasileira.
Lembramos que dois notórios ex-presidente norte-americanos, Bill Clinton e Barack Obama, cumpriram o segundo mandato ainda jovens, com cinquenta e poucos anos, e saíram do cenário político eleitoral dos EUA.
Não há lei que os impeça de concorrer novamente. E nem precisa. Há uma cultura, uma convenção social de que lá o sujeito dá a sua contribuição e vai tocar a vida. Estamos falando de uma democracia de verdade, consolidada.
Neste país, claro, vamos na contramão. Lula da Silva é o caso mais explícito. Nunca deixou se criar ninguém no PT. Partido que segue refém de sua divindade.
Na realidade estadual, não é diferente. Tivemos o caso de Paulo Bauer, deputado estadual, deputado federal, vice-governador, senador. Na última eleição, ficou em quinto lugar buscando a reeleição à Câmara Alta. Saiu de cena. Entendeu o recado e segue a vida.
Mauro Marini, que a exemplo de Bauer, sofreu derrota acachapante em 2018, fez o mesmo.
Figurinhas carimbadas
Mas nem todo mundo sabe, ou quer ou tenta viver longe do poder. Os dois exemplos mais gritantes em Santa Catarina: Raimundo Colombo, que tem uma longa trajetória e já cumpriu dois mandatos de governador; e Esperidião Amin. O progressista, se disputar novamente, vai concorrer pela quinta vez.
Duas gerações
Em 1982, quando Amin elegeu-se pela primeira vez, ele tinha 35 anos. Fará 75 e vai novamente? Santa Catarina tem mais de 5 milhões de eleitores atualmente.
Quantos já haviam nascido em 1982, quarente anos atrás? Convenhamos.