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Dilma segue no palanque do estelionato continuado

A aparição de Dilma Rousseff em horário nobre no domingo à noite – para dar sequência ao estelionato continuado das campanhas publicitárias do PT – foi um movimento arriscado. Sinal de que a água chegou ao pescoço da presidente, avessa às câmeras e microfones.
Certamente, seu marqueteiro, João Santana, eterno fabricante de contos da carochinha, sabia dos riscos. Um dos efeitos colaterais foi um prelúdio do 15 de março uma semana antes, com pessoas em todo o Brasil indo às ruas para bater panela, boca e canelas.
O momento é delicadíssimo e, novamente, a presidente, seu staff e seu partido não tiveram a honradez de assumir os erros, pedir desculpas ou mesmo apontar soluções.

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A culpa sempre é dos outros. Desta feita, ressalte-se, não foi a elite, a mídia golpista e nem mesmo o FHC. Os culpados da vez são a crise internacional (!) e o danado do São Pedro, que não manda mais chuva.
A roubalheira que tornou a gigante Petrobras em uma quase anã; o corte de verbas para áreas fundamentais – o Pronatec está paralisado -; as obras estruturais só existiram nas belas imagens dos programas eleitorais até outubro do ano passado; a inflação em alta (analistas já vinham alertando para esse risco desde 2011), o absurdo aumento nos preços da gasolina e da energia (por pura falta de planejamento e gestão – Dilma é a manda-chuva do setor elétrico desde o primeiro governo Lula da Silva) -; desemprego e juros subindo cada vez mais. Nada disso existe. A mandatária não apresentou uma única proposta prática para melhorar o que está posto. É só ter um pouco de paciência, cidadãos!
Por 12 anos, a política de confronto de classes, associada à vitimização do PT e seu alto comissariado, funcionou. As reações de ontem em alguns dos principais centros urbanos passam a ideia de que talvez a estratégia já esteja em curva descendente.

A conferir se a presidente vai descer do palanque e sair do país do marketing para entrar na vida real. Se não o fizer, corre o risco encurtar seu próprio mandato. A paciência de muitos brasileiros já acabou faz tempo, senhora presidente!