Blog do Prisco
Coluna do dia

Projeções tucanas

Em Blumenau, durante entrevista à rádio Nereu, o secretário da Saúde, Vicente Caropreso, apresentou detalhes sobre a crise no setor em Santa Catarina. Acabou elogiado por representantes da área por sua sinceridade sobre as dimensões do problema. Deputado estadual licenciado, não escapou de perguntas sobre a eleição do próximo ano.

O secretário foi taxativo, afirmando que 2018 é a vez do PSDB governar o Estado. Das legendas integrantes da tríplice aliança original (lá de 2002, com LHS – considerando-se que o PSD substituiu o PFL), o PSDB é o único dos três partidos que não elegeu governador. Fez um mandato-tampão com Leonel Pavan em 2010.

Na visão de Caropreso, o nome que se apresenta é o do senador Paulo Bauer, que disputou o pleito de 2014 e por muito pouco não foi ao segundo turno contra Raimundo Colombo.

 “Não vamos fechar a porta para ninguém, vamos conversar com os partidos. Mas essa é a vez da cadeira de governador ser do PSDB”, afirmou o secretário, enfatizando, ainda, que Bauer é líder do partido no Senado e tem se empenhado em missões importantes em favor de Santa Catarina.

 

Chapa

Vicente Caropreso também não descarta o lançamento de chapa pura. As chances são boas, projeta ele. Citou como exemplo o prefeito local, Napoleão Bernardes, como um nome forte para disputar uma vaga para o Senado. Visto como o futuro do PSDB no Estado, Napoleão também seria um dos nomes para senador em caso de coligação com outras siglas.

 

Natimorta

A segunda denúncia de Rodrigo Janot (agora ex-PGR) contra Michel Temer, onde ele acusa o presidente de  liderança de organização criminosa e obstrução de Justiça, já está na Câmara. Tem tudo para ser igualmente rejeitada (a primeira, por corrupção passiva, foi suspensa por 263 votos contra continuidade e 227 a favor), mas vai custar caro aos cofres públicos na liberação de emendas parlamentares e transferências de recursos aos Estados e municípios de acordo com as exigências dos deputados.

 

Incógnita

A expectativa em relação à segunda denúncia, além do placar nacional, será o comportamento dos parlamentares federais de Santa Catarina. Na primeira flechada de Janot, a bancada praticamente rachou.  E agora, como vão se comportar? Os votos vão ficar condicionados às emendas, ao PMDB, às projeções para 2018? A conferir.

 

Unidade e desgaste

Em agosto, quando a Câmara levou ao freezer a primeira denúncia, os cinco deputados federais do PMDB votaram fechados com o correligionário presidente. Muito provavelmente, o cenário interno tende a se repetir. O problema é que essa fidelidade peemedebista para rejeitar as denúncias está preocupando sobremaneira as hostes do Manda Brasa. Cabeças coroadas do partido temem que a solidariedade a Temer possa provocar desdobramentos eleitorais, com exploração na campanha dessa fidelidade em relação a um presidente extremamente vulnerável.

 

Senado

Por falar em PMDB, Eduardo Pinho Moreira vem reiterando publicamente que não pensa em ser candidato a governador, apoiando Mauro Mariani, em que pese o levante sulista dentro partido. Ao que parece, o movimento criou o fato ideal para Moreira “lançar-se” ao Senado e, por tabela, pressionar Raimundo Colombo a renunciar em janeiro, concedendo um ano inteiro de governo ao PMDB.