Os subsídios que a Celesc concede a 25 cooperativas de energia elétrica em Santa Catarina geraram um prejuízo de R$ 650 milhões entre 2008 e 2012. Esta é a conclusão de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O rombo decorre de normas impostas à estatal catarinense pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A conta milionária, ressalte-se, é paga por toda a sociedade catarinense, que poderia ver uma redução de até 5% nas contas de luz se essa distorção fosse corrigida. Mesmo com os subsídios, as cooperativas vendem a energia mais cara às comunidades. O relator do processo no TCE é o conselheiro Wilson Wan-Dall (foto).
Acompanhe trecho de nota divulgada pelo TCE:
“Os auditores do Tribunal fizeram um cenário de como se comportariam as tarifas naqueles municípios caso eles fossem atendidos pela Celesc, com base nos valores de 2011/2012, e concluíram que os consumidores das cooperativas/empresas teriam expressivas reduções tarifárias, que em alguns casos poderiam chegar a 53%. “Os próprios consumidores da Celesc Distribuição teriam redução de 5,28% nas suas tarifas, nesse ciclo, com a inexistência das supridas [cooperativas/empresas], devido ser esse o percentual que os subsídios impactaram nas tarifas da estatal”, apontaram os auditores.
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