Blog do Prisco
Coluna do dia

Renan ganha musculatura

Renan ganha musculatura

A convenção nacional do PMDB está marcada para março do ano que vem e a queda-de-braço entre Michel Temer, atual presidente, e o grupo governista de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, promete esquentar, chegando ao ponto de fervura até lá.

O alagoano, que já foi fiel escudeiro de Fernando Collor nos anos 90, ganha musculatura – apesar dos seis inquéritos nos quais é investigado -, enquanto o vice-presidente chega ao fim de 2015 menos pomposo.

Renan articulou o relatório do colega Acir Gurgacz (PDT), pela aprovação das vergonhosas contas presidenciais de 2014, o ano reeleitoral. Marcou pontos importantes com o Planalto. Ao passo que Temer já não tem mais o apoio do PSDB e é alvo de denúncia dando conta de que ele teria recebido propina de R$ 5 milhões no contexto da Lava Jato. O cardeal peemedebista já se apressou a explicar que o mimo, que saiu das arcas da empreiteira OAS, foi uma doação de campanha ao PMDB. Suponhamos que sim. De qualquer forma, as investigações da PF já roçam os calcanhares do vice-presidente, ameaçando a supremacia dele no comando partidário, onde está há 10 anos.

Fora

Os tucanos Aécio Neves e Cássio Cunha Lima declararam que o tucanato não apoiará um eventual governo de Michel Temer. E mandaram avisar que a batalha agora não é mais pelo impeachment. O ringue passa a ser no TSE,  onde tramita o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer. Os caciques emplumados também identificam que Temer e o PMDB governam com o PT há 13 anos e são corresponsáveis por tudo isso que está aí.

Pedalada

Aliás, foi por iniciativa do senador tucano Álvaro Dias que o Senado aprovou o enquadramento de Michel Temer junto com Dilma nas famosas pedaladas fiscais, já que o vice também assinou decretos neste sentido.

Sucessão

Dois nomes do PMDB do Sul, mais ligados a Michel Temer, despontam para a sucessão de Eduardo Cunha, que tem tudo para ser rifado da presidência da Câmara, entre março e abril de 2016. O gaúcho José Fogaça, ex-prefeito de Porto Alegre e ex-senador; e o paranaense Osmar Serraglio, que se notabilizou pela relatoria da CPI dos Correios, que desaguou no mensalão, são os mais cotados.

O governador Raimundo Colombo, embora tenha aprovado tudo o que pretendia no fim de ano na Assembleia, considera que a manutenção de “bases aliadas” Brasil afora, em todas as instâncias do poder, é “um dos grandes problemas. A briga política, às vezes, é nojenta, é impatriótica.”

Pilares

Para contornar o ano de 2016 sem atrasar contas ou falir, a exemplo do já ocorre com os vizinhos paranaenses e gaúchos, Raimundo Colombo elencou três pilares: Conter o déficit da previdência estadual; diminuir o custeio da máquina e renegociar as dívidas que vencem em março.

Tecnologia catarinense

Todos os novos processos do Tribunal de Justiça de São Paulo agora são digitais. Na prática significa que a Corte, considerada a maior do mundo com 360 desembargadores, dois mil magistrados de primeiro grau, mais de 50 mil servidores, 25 milhões de processos em andamento e 23 mil novas ações todos os dias, não recebe mais ações em papel. Esta nova realidade, que garante uma prestação jurisdicional mais rápida, segura e acessível tem participação da catarinense Softplan.