Fim da linha
Entre Eduardo Cunha e a ética há um abismo. Entre o presidente da Câmara e a conduta reta há uma montanha intransponível. A Justiça Federal, e a própria Câmara dos Deputados, hão de julgar Cunha e seus afiliados em breve. Mas isso não remove da vida das pessoas a hiperinflação, o desemprego, o fechamento de empresas, lojas e etc. Principalmente porque a gestão temerária de Dilma Rousseff, consolidada pelas pedaladas fiscais, jogou o Brasil no abismo a partir de um crime terrível, aquele que tira o sustento, o básico da boca das pessoas. Mentiras, corrupção, inabilidade, grosserias, rompantes e o Brasil andando de marcha à ré. Esse é o Brasil de Dilma. Ou melhor, era.
Mesmo que Lula da Silva, que deve reabrir sua lojinha no hotel cinco estrelas em Brasília para tentar cooptar senadores, consiga evitar a degola no Senado, a petista perdeu todas as condições mínimas de governabilidade. Não tem base aliada; não consegue nomear ministros; seu partido está afundado em denúncias gravíssimas de corrupção como nunca antes na história; o empresariado e os investidores não farão nenhum movimento positivo enquanto ela estiver no poder, mas o mais grave: a população não aguenta mais tanta incompetência e roubalheira, exigindo mudanças!
A missão de Michel
Se Michel Temer vai ter ou não capacidade, condições, moralidade, ética ou outras condições para tirar o Brasil da escuridão, é outra história. Ele será cobrado por isso. Mas o primeiro passo foi dado. O tumor principal, e maligno, está sendo removido. A Câmara reflete a voz rouca das ruas. E autoriza o impedimento da petista. Agora, caberá ao Senado afastá-la ou não. Mas não restam dúvidas de que, pelo povo, ela já foi afastada e faz parte, da pior maneira possível, da história deste país.
Sem condições
O presidente da OAB/SC, Paulo Brincas, repercutiu a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff ainda no domingo à noite. Ele defendeu o direito de defesa da presidente, mas disse esperar que ao final do processo a posição da OAB seja confirmada. “A presidente perdeu todas as condições de governar”, afirmou.
Ampla maioria
No dia 17 de março, a Seccional catarinense aprovou recomendação ao Conselho Federal para que encaminhasse o pedido de impeachment da presidente da República. Dos 42 conselheiros, 39 votaram a favor do afastamento de Dilma Roussef e do vice Michel Temer.
Outro nível
Quem assistiu os pronunciamentos dos deputados na história sessão de 17 de abril, constatou, de norte a sul do Brasil: Santa Catarina tem seus problemas e dificuldades, mas até seus representantes estão um ou dois, ou até mais, degraus acima da média do parlamentar brasileiro. Que, convenhamos, é de chorar. Em alguns casos, parecia que estávamos em um verdadeiro circo.
Mal na foto
Suplente de deputado federal, que exerceu o mandato por quatro meses no ano passado, Fabrício Oliveira (PSB), um dos favoritos para conquistar a prefeitura de Balneário Camboriú, posicionou-se ao lado da tribuna onde os deputados votaram. Apareceu direto por muito tempo e acabou virando meme nas redes sociais e notícias em jornais e sites nacionais. Com conotação negativa. Não pegou bem.