2018 passa por 2016
O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior (PSD), deve sentar ainda esta semana para conversar com o presidente do PP na Capital, o deputado João Amin. O alcaide descartou, definitivamente, qualquer possibilidade de acordo com o PMDB para o pleito deste ano e já deixou claro que seu parceiro preferencial dentro do projeto reeleitoral é o PP, a exemplo do que ocorreu em 2014, com o próprio Joao de vice.
O detalhe é que em 2016, as perspectivas para o PP são muito melhores do que há quatro anos. Ou seja, a aliança poderia não ser renovada a partir da eventual candidatura da ex-prefeita Angela Amin. Se ela viesse a vencer o pleito, o projeto estadual de Esperidião Amin em 2018 ficaria deveras fortalecido.
Vale lembrar que o PP está sem logística desde 2002, quando Luiz Henrique da Silveira surpreendeu e conquistou o governo de Esperidião Amin. Sem estrutura, o próprio Esperidião Amin perdeu novamente para LHS em 2006 e Angela foi derrotada por Raimundo Colombo em 2010. Nunca uma eleição municipal exerceu tanta influencia sobre o peito majoritário seguinte como essa exercerá sobre 2018!
Eleição mais barata
Evidentemente que na corrida municipal deste ano, os Amin seguirão sem uma estrutura de Executivo. No entanto, a eleição deste ano será mais barata com a proibição das doações empresariais. Somente pessoas físicas podem se compadecer e doar dinheiro vivo e legalizado aos postulantes. Em tese, o quadro ajuda quem está fora do poder, tornando a eleição um pouco menos desequilibrada. Por outro lado, pode estimular a prática de caixa 2.
Lummertz no PSDB
O PSDB também se ensaia para ser protagonista este ano em Florianópolis. Tucanos de alta plumagem, como os senadores Paulo Bauer e Dalírio Beber, estão assediando o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz (PMDB), para que assine ficha e entre no jogo municipal.
Composição
Se o PP não renovar com o PSD, Vinícius é visto como um nome forte para formar chapa, na condição de vice, com Cesar Souza Junior. Não custa lembrar que o peemedebista preside a Embratur sob respaldo da bancada federal do PMDB.
Joinville
Quem também está vivendo um dilema pré-eleitoral é Paulo Bauer. Pressionado a disputar em Joinville, ele encara o seguinte cenário: se perder a eleição municipal, continua no Senado, mas sai enfraquecido em 2018, considerando-se que já perdeu o comando do partido para o deputado estadual Marcos Vieira.
Norte dividido
Já no caso de a candidatura de Bauer se confirmar e auferir êxito em outubro de 2016, a tendência é que o Norte do Estado, de onde parte o deputado federal Mauro Mariani como sucessor de Luiz Henrique, fique dividido entre o peemedebista e o senador tucano na corrida majoritária estadual. Se Bauer ganha, a vida de Mariani se complica muito, pois ele perde a supremacia na estratégica região, que foi determinante nas vitorias de LHS em 2002 e 2006.
Economia em Joinville
Em tempos em que a política necessita de austeridade no trato com o dinheiro público, um bom exemplo vem de Joinville. A Câmara Municipal, com seus 19 vereadores, realiza uma gestão mais eficiente e com menos gastos. Ou seja, com menos dinheiro. Ao final de 2015, a Câmara, que tem na presidência o atuante vereador Rodrigo Fachini, economizou R$ 8,2 milhões. Lembrando que, neste mesmo período, a inflação atingiu a marca de 12%.