Blog do Prisco
Coluna do dia

MDB reforça presença no governo

O tabuleiro da política estadual foi agitado neste janeiro de 2021, que já se encaminha para o final.

Um dos movimentos mais significativos é o reforço do MDB no governo Moisés da Silva. O partido não está entrando agora na atual gestão, como querem fazer acreditar. Paulo Eli e Leandro Lima são emedebistas de cruz na testa. Assumiram, respectivamente, a Fazenda e a Administração Prisional em 2018, ano em que Eduardo Pinho Moreira governou Santa Catarina pela última vez.

E seguem à frente das pastas desde então! Ah, mas se afastaram do partido. Mera manobra burocrática e protocolar.

Agora o deputado Luiz Fernando Vampiro assume a Secretaria de Educação. Outros emedebistas também estão assumindo cargos importantes de segundo escalão.

Musculatura oestina

Neste contexto, vale destacar a força do MDB do Oeste de Santa Catarina. Dos três deputados federais do partido por Santa Catarina, um é da região. Celso Maldaner, que preside a sigla no estado e já foi prefeito de Maravilha. Os outros dois são Rogério Peninha Mendonça, do Alto Vale do Itajaí, e Carlos Chiodini, de Jaraguá do Sul.

Quarteto

Mas é na bancada estadual que se percebe a força dos emedebistas do Oeste. Dos nove deputados do MDB na Alesc, quatro são oestinos. Inclusive os dois que vão comandar a Assembleia Legislativa nos próximos dois anos: Mauro de Nadal, de Caibi, e Moacir Sopelsa, de Concórdia.

Liderança

Outro aspecto. Com Vampiro no Colegiado, o líder da bancada deve ser Valdir Cobalchini, de Caçador. Por fim, Romildo Titon, de Campos Novos, terá a honra de presidir a sessão que marcará o retorno do MDB ao comando da Alesc. Ele é o decano da Casa e teria a incumbência mesmo se Júlio Garcia não estivesse afastado do mandato e da presidência do Legislativo estadual.

Seis meses

Fonte fidedigna confidenciou à coluna que o Ministério Público Federal pediu a prisão do deputado Júlio Garcia já no mês de julho de 2020. Isso no contexto da Operação Hemorragia, cujos mandados de detenção, busca e apreensão foram cumpridos agora em janeiro de 2021. A ação dos agentes ganhou a luz do dia há pouco. Evidentemente, contudo, que as investigações se iniciaram há muito tempo.

Lapso temporal

Já no contexto da Operação Alcatraz, primeira fase, o MPF requereu a detenção de Garcia em outubro do ano passado. A juíza Janaína Cassol Machado concedeu o primeiro pedido no dia 9 de dezembro de 2020, mais de um mês antes, portanto, da deflagração da operação (data, aliás, para a qual ninguém se atentou).

Está em vigor

Ou seja, ela demorou seis meses para atender a solicitação dos procuradores. Já o segundo despacho determinando a detenção do parlamentar, e que está vigorando, levou três meses para se concretizar. Foi justamente o segundo mandado de prisão que a juíza assinou naquela quinta-feira em que a Assembleia Legislativa revogou a primeira ordem de prisão e aprovou, de quebra, “inovações” jurídicas jamais vistas.