Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon.
Se o Estado Santa Catarina fosse um país, o resultado do PIB de 2020 seria melhor que muito países do primeiro mundo, apesar das previsões apontarem que uma retomada mais robusta seria pouco provável por causa da pandemia Global. Ainda em março de 2020, o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu um tombo de 8% na economia brasileira, mas a queda ficou pela metade: 4,1%.
Países europeus sofreram ainda mais com suas economias negativadas em 2020. A Espanha com -11%; Inglaterra com -10% e a poderosa Alemanha que retraiu 5%. Todos os países europeus registraram quedas nas suas economias, perfazendo uma média na região do Euro de -7%. Países latino-americanos também sofreram com a pandemia: Venezuela -30%; Argentina -11%; Peru -11% e a Colômbia com -7%. Os Estados Unidos, onde algumas regiões resistiram ao isolamento total apresentou uma queda de 3,5%, menor que a média europeia.
Apesar do alto e crescente número de vítimas da pandemia, o setor econômico parece estar se adaptando a atividade intensiva e presencial e Santa Catarina, liderado pelo governador Carlos Moisés, se recusa a ingressar na curva da recessão e mostra um desempenho que considero excepcional. A queda de apenas 0,9% do PIB catarinense, sustentado pela manutenção de quase todas as atividades, em especial da agropecuária e diversos segmentos da indústria, do comércio e de serviços colocou o nosso Estado na vanguarda da recuperação econômica. A contribuição de Santa Catarina na geração de novos empregos em 2020 foi de 53 mil vagas, enquanto o restante do Brasil criou apenas 142 mil vagas. Dados da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável confirmam que as recessões de 2015 (queda de 4,2%) e 2016 (queda de 2%) foram mais severas que a de 2020.
No momento complicado que passamos, apontar contrapontos favoráveis diminui as incertezas e estimula a confiança de todos num futuro melhor. A cooperação entre os países, estados e municípios para acelerar a vacinação vai ser decisivo para a recuperação, única medida concreta para evitar o ressurgimento do vírus e o aperto de medidas restritivas. E numa hora difícil como agora, onde o pessimismo muitas vezes nos separa, dividir notícias que nos unem também é um remédio importante para a nossa plena e total recuperação em 2021.