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Bola rolando na disputa sucessória em SC

Começou ontem a janela das convenções homologatórias. Já com escolha de pré-candidato ao governo catarinense. O partido Novo confirmou Odair Tramontin, que é promotor, na cabeça de chapa. A sigla também apresentou nomes ao Senado e à vice. O Novo terá, ainda, postulante à presidência. O candidato é Luiz Felipe D’Ávila.
Os alaranjados do Novo administram um único estado no país, Minas Gerais, importante econômica e politicamente; e apenas uma cidade em Santa Catarina embora não seja um município qualquer. O Novo pilota Joinville, a cidade mais populosa e mais rica do Estado, e a terceira maior do Sul do Brasil. O prefeito é Adriano Silva, jovem e dinâmico empresário local.
O calendário aponta para o sábado como o Dia C de Santa Catarina. C de convenções. Será uma data efervescente do ponto de vista político no território catarinense.
O União Brasil confirmará o nome de Gean Loureiro como cabeça de chapa, tendo Eron Giordani, do PSD, de vice. Ao Senado, o também pessedista Raimundo Colombo, que já cumpriu mandato na Câmara Alta e elegeu-se duas vezes governador.

PP e PTB

Além de UB e PSD, o PP lançará Esperidião Amin ao governo na mesma data. O PTB também fará sua convenção. Os trabalhistas homologarão a candidatura do deputado estadual Kennedy Nunes ao Senado, deixando as outras duas posições em aberto visando possíveis alianças. As conversações mais avançadas são com o próprio Amin e seu grupo no PP.

Tensão no ar

A mais esperada movimentação do sábado C, contudo, é a do MDB. O Manda Brasa fará sua convenção na Alesc, mesmo local e no mesmo dia em que se reunirão os convencionais do Republicanos de Moisés da Silva.

Um, dois

Os emedebistas se reúnem antes. E vão para o voto. Os mais de 500 eleitores do Manda Brasa vão escolher entre os projetos de Antídio Lunelli na cabeça ou a aliança com Moisés, indicando Udo Döhler de vice.

Três para uma
No MDB, contudo, também haverá disputa ao Senado. Os postulantes são os deputados federais Celso Maldaner (presidente licenciado da seção estadual do partido) e Peninha Mendonça, além do ex-governador Paulo Afonso Vieira, que só aparece de quatro em quatro anos.

Indefinição

O escolhido vai disputar o Senado pelo MDB. Seja ao lado de Moisés da Silva ou então na chapa liderada por Antídio.

Água da rocha

Nesta última hipótese, a vaga de vice poderá ser destinada ao PROS, que tem o Defensor Público Ralf Zimmer Junior como pré-candidato ao governo.
Ele foi o proponente do primeiro pedido de impeachment contra Moisés da Silva lá em 2020.

Mar vermelho

A peça acabou derrotada na Alesc, mas Ralf ganhou holofotes e enfraqueceu Moisés politicamente. Faz forte, dura e cerrada oposição ao governador. A escolha do Defensor poderá ser uma resposta de Antídio ao atual inquilino da Casa D’Agronômica, que recusou o bem-sucedido, empático e carismático empresário em sua chapa. Antídio havia aceitado compor de vice para pacificar e unir o MDB.

Plano B

Considerando-se a possibilidade de Moisés da Silva não levar o MDB, apesar do Pix e de outros mimos, o governador deverá investir no PP. Já se fala no deputado Altair Silva, de Chapecó, que foi secretário de Agricultura do atual governo, como nome para vice. Ah sim resta combinar com os turcos, ou melhor, com o turco. Esperidião Amin vai topar esse encaminhamento?

PPix

Além de Altair Silva, Zé Milton Scheffer, também deputado estadual, é pró-Moisés. Ocorre, que a família Amin: o filho João, a esposa Angela e o próprio senador do PP não querem esta solução para o PP Barriga-Verde.

Ascendência

Esperidião Amin tem maioria na convenção e não dá o menor sinal de que abrirá mão de nova candidatura ao governo em favor de Moisés da Silva.
Se isso ocorrer, o chefe do Executivo ficará apenas com o PSDB e outras siglas menores. Será resultado de sua absoluta desarticulação política, com decisões totalmente equivocadas nesta fase de pré-campanha. Ou o governador não ouve ninguém ou está muito mal assessorado sob o aspecto da engenharia política e eleitoral.