Com a convenção de segunda-feira do PT, PCdoB, PV e do Solidariedade foi um evento conjunto, a política catarinense já contabiliza seis candidatos ao governo e cinco ao Senado (com um sexto nome já sinalizado e encaminhado, só falta homologar).
Os cabeças de chapa são: Esperidião Amin (PP), Décio Lima (PT), Carlos Moisés (Republicanos), Odair Tramontin (Novo), Gean Loureiro (UB) e Alex Alano (PSTU).
À Câmara Alta já estão definidas as candidaturas de Celso Maldaner (MDB), Raimundo Colombo (PSD), Kennedy Nunes (PTB), Gilmar Salgado (PSTU) e Luiz Barbosa Neto (Novo). O sexto nome, ainda não homologado porque a convenção será no dia 5 de agosto, será Dário Berger, do PSB.
O senador participou da convenção conjunta e foi anunciado como o nome da frente canhota como candidato à reeleição.
Já houve convenções de 15 partidos. Faltam outras 8 definições partidárias até o dia 5 de agosto.
O quadro depois dessas primeiras rodadas é o de pulverização muito grande de candidaturas de centro e de direita.
Haja voto
Esticaram a corda. Gean e Esperidão, por exemplo, além de pescarem votos em segmentos semelhantes, têm a mesma base eleitoral. Obviamente que Amin é muito mais conhecido. Foi duas vezes governador, disputou outras duas, cumpre o segundo mandato de senador, foi candidato a presidente, enfim.
Localizado
Gean Loureiro tem nome consolidado na Grande Florianópolis. Fora da região da Capital ainda é quase que um ilustre desconhecido. Por isso que Gean deflagrou seus roteiros pelo Estado ainda durante a pré-campanha.
Novidade
Odair Tramontin, do Novo, também é candidato do espectro conservador bem como Moisés da Silva, muito embora o governador tenha se cercado de alguns esquerdistas natos e convictos do MDB e alguns que migraram ao Podemos.
Déjà vu
Na esquerda, novamente não se viu a propalada unidade absoluta. O PT tem apoio de outras cinco legendas.
Alex Alano, do PSTU, vai cumprir tabela, não terá qualquer peso na votação do petista, mas não está com a companheirada de Lula.
Trabalhistas
O que pode incomodar um pouco mais será o PDT se realmente o partido lançar Jorge Boeira ao governo. Ainda assim será um projeto frágil do ponto de vista do potencial eleitoral.
Paridade
Em 2018, em chapa pura, Décio Lima fez 14% dos votos, percentual muito próximo do conquistado por Fernando Haddad, o poste de Lula da Silva que obteve surpreendentes 16% dos sufrágios catarinenses.
Otimismo
Caso o descondenado petista conquiste 26%, 27% dos votos em SC, Décio poderá projetar uma votação parecida, colocando-o como uma possibilidade concreta de beliscar uma das duas vagas no round final do pleito estadual.
Jorginho e Jorge
Na direita ainda falta a homologação do senador Jorginho Mello, do PL. Mesmo isolado partidariamente, ele não tem como recuar do seu projeto. Carrega o 22 de Bolsonaro com ele e tem como parceiro de chapa um dos pupilos e homens de confiança do presidente, o jovem empresário Jorge Seif Júnior. Ele concorrerá ao Senado.
Tripé
Muito embora Esperidião Amin esteja com seu PP relativamente dividido, com prefeitos respaldando Moisés da Silva, ele já fechou com o PTB e pode encaixar o PSDB de vice em sua chapa. Compensaria bem as dissidências no Progressistas.
Quinteto
Trocando em miúdos: poderemos ter cinco candidaturas de centro direita, contra três de esquerda, mas aí na canhotada duas chapas serão muito frágeis.