Conexão Ideli-Pizzolatti
Além da convocação de Lula da Silva pela Polícia Federal, que quer ouvi-lo acerca da nababesca roubalheira na Petrobrás, o fato novo do fim de semana na Lava Jato são as convocações de ex-ministros e próceres de partidos envolvidos. Nesta leva, surgiu mais um nome notório de Santa Catarina: o da ex-senadora e ex-ministra Ideli Salvatti.
Assim como o ex-metalúrgico, ela é citada no chamado inquérito principal das investigações pilotadas pela Polícia Federal e pela atuação do bravo juiz paranaense Sérgio Moro.
Ideli aparece, talvez não por acaso, justamente como uma das supostas pivôs na parte do esquema que engordou as arcas de políticos do PP, onde também se destacava outro catarinense, o ex-deputado federal João Alberto Pizzolatti.
Far away
Coincidência ou não, os dois também estão fora do circuito estadual e nacional da política. A petista está bem assentada em um cargo companheiro, criado especialmente para ela, na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington. Bem distante de Brasília, portanto.
Longe
Pizzolatti não está tão longe, mas também mantém distância de Brasília e Santa Catarina. É secretário de Estado em Roraima!
Eles também
Acordo de delação premiada firmado com dois executivos da empreiteira Andrade Gutierrez aponta que os tucanos também meteram a mão no baleiro da Petrobrás. Os delatores informam que os senadores José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) foram beneficiados com verbas tungadas do esquema. Nunes já foi apontado pelo Procurador-Geral, Rodrigo Janot, como um dos alvos da Lava Jato. A empreiteira foi generosa com a campanha presidencial de Aécio Neves ano passado. “Contribuiu” com R$ 19 milhões.
Rebaixamento
A capacidade de o Estado de Santa Catarina honrar seus compromissos financeiros também foi posta em dúvida pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Rebaixamento que veio a reboque da queda do país, pilotado por Dilma Rousseff, que tem em Raimundo Colombo um aliado de primeira hora.
Itajaí
Vereadora Anna Carolina Martins, que fez um mandato destacado e tem chance de se reeleger em 2016, está praticamente fora do PRB. Tem tudo para assinar ficha no PSDB, partido que lhe garantiria legenda para assegurar novo mandato no Legislativo da cidade peixeira.
Itajaí 2
Vereador Thiago Morastoni, que assim como o pai, Volnei Morastoni, deixou o PT, ainda não definiu seu futuro partidário. Mantém conversas com o deputado Gelson Merísio e não descarta transferência para o PSD, encaminhamento que sinalizaria para sua participação em uma chapa majoritária no ano que vem. Volnei assina ficha no PMDB nesta segunda-feira.
Balneário Camboriú
Vereador Ary Souza caiu nas graças da direção estadual do PSD e já é visto como um nome para possível composição majoritária em 2016.
Fim da linha
Jornalista Lauro Jardim, que assina a coluna Radar, da revista Veja, traz a informação que os próprios líderes petistas já admitem aquilo que se projeta nos bastidores e que foi alvo de vários registros neste espaço: o PT, enquanto instituição partidária, acabou. Ministro José Eduardo Cardoso (Justiça) é um dos que tem revelado este sentimento a interlocutores, segundo Jardim.