Campanha ainda tímida
Já temos uma semana completa de campanha eleitoral propriamente dita no Brasil. Na sexta-feira, se inicia a propaganda eletrônica no rádio e na TV.
A partir daí é que a disputa começará a ganhar ritmo já desaguando em setembro, que será determinante para definir a corrida aos governos estaduais e a maratona presidencial.
Na província catarinense já é possível identificar muito claramente nestes primeiros dias como vão se comportar os candidatos ao governo.
Vamos nos restringir aos cinco principais. Moisés da Silva, os ex-prefeitos Gean Loureiro e Décio Lima, e os senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello.
Lula aqui
O petista está fazendo todos os movimentos buscando atrelar 100% de sua candidatura à figura de Lula da Silva. De quem é correligionário, amigo próximo, e compadre. De forma até um pouco excessiva.
Sem planos
Em momentos em que é provocado para que faça uma formulação de plano de governo, Décio Lima já vem direto com o ex-mito, de forma tão ostensiva que suplanta até mesmo Jorginho Mello. Um é 13, do PT, e outro 22, do PL.
Exclusividade
Aliás, o senador liberal, através do seu departamento jurídico, acionou a justiça eleitoral e conseguiu, via liminar, a proibição de que Gean Loureiro e sua coligação não possam usar a imagem de Jair Bolsonaro na campanha.
Declaração de voto
A ação foi motivada por uma gravação de João Rodrigues e Gean Loureiro, quando o candidato ao governo do UB declarou voto no atual presidente na semana passada.
Recurso
Isso incomodou Jorginho Mello. Resta saber se o próprio TRE vai manter a liminar proibitiva.
Gean obviamente está querendo pegar uma carona na força presidencial de Bolsonaro em Santa Catarina.
Observando
O PP de Esperidião Amin e o Republicanos de Moisés da Silva parecem em compasso de espera ante o embate estabelecido por Jorginho e Gean. Os partidos dos dois, PP e Republicanos, estão na coligação nacional do presidente.
Décadas
Mas há uma diferença: Amin estava na Câmara dos Deputados quando Bolsonaro lá chegou no início da década de 1990. E quando o catarinense não estava na Câmara, estava no Senado, e quando não estava na Câmara Alta sua mulher, Angela, era deputada federal. O casal tem proximidade pessoal e afinidade política com o presidente.
Prazer, Moisés
Já Moisés não conhecia Bolsonaro até 2018, quando foi apresentado ao então candidato a presidente por Lucas Esmeraldino, que era o presidente do PSL em Santa Catarina e por muito pouco não se elegeu senador.
Combo
O partido conquistou quatro cadeiras de deputado federal e seis de estadual, além da vice-governadora Daniela Reinehr. Apesar de feito mais de 1,1 milhão de votos, Esmeraldino acabou ficando sem mandato.
Distância calculada
Voltando ao tema, nem Amin e nem Moisés, que foi beneficiário da onda de 2018, estão querendo pegar carona na imagem presidencial neste momento.
Distantes
Moisés faz muito bem. Pegaria muito mal. Ele está sendo acusado de ter traído Bolsonaro depois de ter saído do anonimato diretamente para o cargo mais importante do Estado. Mesmo assim, Moisés desferiu críticas ao presidente já em 2019 e se distanciou. Quando tentou se reaproximar, o chefe da nação não permitiu. A conferir os desdobramentos.