A Federação das Indústrias (FIESC) dá início à nova edição do estudo para mensurar o custo logístico da indústria catarinense. Chapecó (30/8), São Miguel do Oeste (31/8), Joaçaba e Concórdia (1/9) vão receber as primeiras reuniões para sensibilizar o setor a participar da pesquisa. Cada indústria que participar do estudo receberá um diagnóstico individual dos seus custos logísticos e indicativos de melhorias. A Federação garante o sigilo absoluto dos dados informados. O assunto foi apresentado na reunião da Câmara de Transporte e Logística da entidade e do Conselho de Infraestrutura, realizada nesta quarta-feira, dia 24. São Bento do Sul, Joinville, Blumenau, Rio do Sul, Lages, Florianópolis e Criciúma também vão sediar os encontros.
“O custo logístico interfere drasticamente na competitividade catarinense e o transporte é um componente importante e que tem colocado nossos custos logísticos em índices mais elevados em relação aos nossos concorrentes”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, lembrando que a pesquisa é realizada a cada dois anos para monitorar a competitividade de Santa Catarina na área. A última pesquisa, realizada em 2017, mostra que o custo logístico das empresas catarinenses (R$ 0,14 por real faturado) está acima da média nacional (R$ 0,11) e acima do observado em outros países, como Estados Unidos (R$ 0,08).
O estudo será realizado pelo Laboratório de Desempenho Logístico da UFSC e conduzido pelo professor Carlos Taboada. No evento desta quarta, ele destacou que a logística não é só o transporte, mas também inclui armazenagem, gerenciamento de estoques, processamento de informação e administração.
Carga aérea lowcost: ainda na reunião, o diretor-presidente da Asas Linhas Aéreas, Orlando Menezes, apresentou a possibilidade de ter voo diário de carga, saindo de Joinville. “A proposta da Asas é ser uma lowcost na área de cargas. É uma empresa pequena, com estrutura enxuta e as aeronaves são da companhia, o que reduz o custo da operação aérea. Propomos para Santa Catarina uma opção de escoamento de carga de valor agregado”, disse. O Porto Seco Ponta Negra, que tem a concessão do terminal de cargas do aeroporto de Joinville, destacou os novos investimentos que estão em curso para ampliar as operações.
foto>Filipe Scotti, Fiesc