O Conselho de Administração da Celesc se reúne nesta quinta e sexta-feira, 17 E 18. Uma das prioridades da pauta é a negociação com o sindicato dos eletricitários acerca do reajuste dos servidores da companhia. Enquanto a entidade laboral pede 10% de reajuste na folha de pagamento, percentual que incidirá, também, sobre as vantagens, como os anuênios e outros penduricalhos, a diretoria vai propor majoração de 5,4%, restrita apenas aos vencimentos do funcionalismo. Fonte fidedigna da empresa, contudo, adianta, em primeiríssima mão à coluna, que este percentual pode chegar a 7%. Mas desde que recaia somente sobre o que é efetivamente salário. Para as vantagens, a intenção dos conselheiros é reajuste zero.
Aneel exige
A Celesc precisa cortar custos, com o perdão do trocadilho, a qualquer custo. A este esforço está condicionada a renovação da concessão para que a empresa possa continuar atuando como distribuidora de energia elétrica. Embora o Tribunal de Contas da União (TCU) já tenha dado sinal verde para a operação, a palavra final cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que está exigindo uma economia de R$ 140 milhões até 2017, sob pena de a estatal Barriga-Verde não conquistar a renovação operacional.
Folha pesada
Neste contexto, não há outro encaminhamento que não seja o da redução de benefícios aos servidores da Celesc. A empresa gasta R$ 600 milhões por ano com a folha de pessoal, o que representa 80% dos custos da elétrica. Seria uma forma de mandar um sinal positivo à Aneel.
Tesourada
Além da proposta de reajuste salarial que pode chegar até 7%, excluindo-se os benefícios, a diretoria da Celesc também vai colocar na mesa de negociações o seguinte: para as contratações de novos funcionários, ou seja, daqui pra frente, não haverá mais concessão de anuênios. Evidentemente que o sindicato resiste à ideia.
Intervalo
Entre 2012 e 2015, a Celesc conseguiu economizar, cortando despesas, R$ 100 milhões. Mas a Aneel quer mais R$ 140 milhões até 2017. Os esforços serão no sentido de conquistar pelo menos mais R$ 100 milhões de economia neste período para sensibilizar a agência.
Foto: Celesc, arquivo, divulgação