Blog do Prisco
Manchete

Tripolarização em SC

Passadas as estreias dos candidatos a governador no rádio e na TV chamou a atenção que apenas Moisés da Silva e Esperidião Amin não se apresentaram ao eleitorado. O atual e um ex-governador que está na quinta disputa estadual. E que concorreu à Presidência nos anos 1990 além de estar cumprindo o segundo mandato de senador. Moisés parece crer que seu nome já está estadualizado e aposta na continuidade sem mais delongas.
Os demais postulantes com musculatura política, Jorginho Mello, Gean Loureiro e Décio Lima, abriram a programação dizendo quem são ao distinto público. Estamos abordando os cinco nomes que têm mais consistência entre os catarinenses até aqui.
Não vamos divulgar números, mas em consultas internas das campanhas (que não são registradas na Justiça Eleitoral), percebe-se uma tripolarização na corrida ao governo estadual. O atual inquilino do Centro Administrativo não passa dos 25% em média. Muito pouco para quem está no poder buscando a reeleição. Moisés não poderia ter menos de 40% das intenções. Na pior das hipóteses!

Nos calcanhares

Logo em seguida vêm Jorginho Mello e Esperidião Amin. Interessante observar o desempenho do progressista até o momento. Antes da disputa começar, de fato, seu potencial eleitoral neste 2022 era uma absoluta incógnita.

Em perspectiva

Dependendo da pesquisa, Gean e Décio se revezam na quarta posição. É uma demonstração clara de que teremos segundo turno no estado. A coluna imaginou que Amin, por estar na estrada há muito tempo, sofreria maior desgaste. Ele demonstra, no entanto, estar competitivo.

Interinidade no comando

Está marcada para o dia 3 de setembro, sábado, a posse do presidente da Assembleia Legislativa, Moacir Sopelsa (MDB), no governo do Estado. Ele deve ficar até novembro com a caneta na mão. Serão praticamente dois meses de mandato interino.

Pé de ouvido
O primeiro movimento do futuro governador interino será procurar a vice-governadora Daniela Reinehr. Ela é candidata à Câmara Federal, mas sinalizou que poderia assumir em caso de licença de Moisés. Até porque não tem qualquer relação com o governador.

Caminho certo

Sopelsa fará o que seu antecessor no comando da Alesc, Mauro de Nadal, fez. Acertar o baralho com Daniela Reinehr para evitar desgastes e surpresas antes de o chefe do Executivo efetivar sua saída temporária.

Acordo

Se tudo correr bem, será cumprido o acordo que levou o MDB para a aliança de Moisés tendo Udo Döhler de vice. É a cartada final do governador e de seu grupo para tentar mobilizar e engajar o MDB na disputa, movimentos que têm sido muito tímidos da parte dos emedebistas. Mas teve que ser à fórceps. Moisés enviou recados de que já havia desistido de cumprir a palavra. Pelo menos durante o período eleitoral. Pegou muito mal no MDB e ele não teve outra alternativa senão passar o governo ao Manda Brasa.