Uma atracação histórica. A milésima manobra na Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes foi realizada por uma embarcação que desatracou da Portonave, nesta quinta-feira (1). O navio chamado Agrigento, da MSC, operou aproximadamente 1,6 mil contêineres no Terminal.
Atualmente, podem ser realizadas manobras de navios de até 350 metros, mas o objetivo é que, no futuro, essa capacidade seja ampliada para embarcações de até 400 metros por 59 de boca (largura).
Além de fomentar a competitividade das principais rotas de navios do mundo, sendo Ásia, Europa e Estados Unidos, que também são os principais destinos e origens via Portonave, a segunda fase da obra oferecerá benefícios para o setor, gerando maior capacidade e impulsionando a economia de Santa Catarina.
Para todos os terminais, essa é uma das obras mais esperadas para estimular o crescimento do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes que, automaticamente, reflete em toda a cadeia logística.
NAVIOS EM CONSTANTE EVOLUÇÃO
Meio ambiente, segurança, tecnologia e capacidade de transporte estão entre as principais características da evolução dos navios.
Uma análise dos últimos 22 anos, as embarcações aumentaram mais de 100%, entre 1998 e 2017. Com a indústria cada vez mais em expansão, toda a economia também é impactada. Confira esse avanço.
Dentro desse contexto, a Bacia de Evolução tornou-se uma necessidade para atender a alta demanda de mercado. Confira abaixo a linha do tempo desde o início dos trâmites da primeira fase da obra, até 2022.
Hoje, podem entrar e sair do Complexo Portuário navios com até 12 mil TEUs, ou seja, navios com até 350 metros por 48m de largura. Com a realização da segunda fase da obra, o tamanho dos navios poderá ser de até 366m x 51m, o que permitirá ampliar a quantidade de containers por navio de 12 mil para 16 mil, um aumento de 33%.
MANOBRA DE RÉ
Inédita na América do Sul, a primeira manobra a ré foi realizada em 2019 pelo navio Valor, de 300 metros de comprimento e 48,3 metros de largura, com bandeira de Malta, e também atracou na Portonave.
A manobra a ré ocorre para que sejam realizadas atracações simultâneas nos dois portos (Navegantes e Itajaí). Como os terminais estão de frente um para o outro, com distância de apenas 400 metros, antes da obra da Bacia 2 não era possível atracar navio se um dos portos estivesse com berços ocupados.
Com o novo acesso aquaviário, houve aumento de produtividade e maior flexibilidade logística para todo o Complexo Portuário.
Em 2014, o Terminal obteve o recorde histórico de produtividade de navio com o MSC Agrigento, o mesmo navio que marcou a milésima manobra.