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Coluna do dia

O segundo turno e a eleição estadual

O segundo turno e a eleição estadual

Estamos há três semanas do dia 2 de outubro, data do primeiro turno das eleições brasileiras. Começa a repercutir internamente, sobretudo nas campanhas de Lula da Silva e Bolsonaro, as disputas estaduais.
Especialmente nos principais colégios eleitorais. Vamos ficar somente nos três maiores, situados na região Sudeste, onde se encontram 43% dos votos brasileiros. Quase a metade do eleitorado.
Somente São Paulo responde por 22% dos votantes. É seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Espírito Santo também localiza-se no Sudeste, mas tem número reduzido de eleitores.
Ocorre a tendência de eleição em dois turnos na disputa presidencial. É muito pouco provável que Bolsonaro ou Lula levem no primeiro turno.
Por maior que seja a polarização, dificilmente Ciro Gomes e Simone Tebet deixarão de conquistar de 10% a 15% dos votos. Somando-se o resultado dos dois, naturalmente.
Sem falar em outras candidaturas que ainda beliscam algum naco do bolo eleitoral.
Grosso modo, os demais candidatos, excluídos a dupla Bolsonaro-Lula, não devem baixar de 15% dos sufrágios válidos.
Portanto, é muito difícil que haja um descolamento de um dos líderes levando um deles a fazer 50% mais um dos votos já no dia 2 de outubro.

Neste cenário de tendencia de dois turnos no pleito nacional, o cenário nos estados será determinante para o resultado final.

Maior colégio

Em são Paulo, tudo indica que teremos o poste Fernando Haddad, do PT, contra Tarcísio de Freitas, candidato do presidente, no round final.

Poste atolado

Os sinais indicam que Tarcísio cresce e que Haddad está empacado num determinado patamar de intenção de votos. Nada impede que o candidato de Bolsonaro em São Paulo termine o primeiro turno à frente do petista. Senão, o ex-ministro da Infraestrutura estará nos calcanhares de Haddad.
Subindo

Tarcísio chegará com viés de alta, de crescimento. Isso favorece Bolsonaro, assim como o fortalecimento do presidente no estado paulista também ajuda Tarcísio de Freitas.

Pelas beiradas

No território mineiro, tudo leva a crer que o atual governador, Romeu Zema (Novo), levará a reeleição no primeiro turno. Bem mineiramente, sem alarde.

Discreto

No segundo turno entre Lula da Silva e Bolsonaro, mesmo que não assuma publicamente o apoio ao presidente, a simples neutralidade de Zema favorecerá o atual inquilino do Planalto. O governador mineiro está no palanque de Felipe d’Ávila, candidato do seu partido à presidente.

Continua lindo

Para completar o tripé, no Rio de Janeiro, Cláudio Castro, candidato de Jair Bolsonaro, vai à frente de Marcelo Freixo, o postulante lulista no estado fluminense.

Frigir dos ovos

Ao fim e ao cabo, o cenário favorece o atual presidente nos três estados mais estratégicos do país. Além de São Paulo, Minas e Rio desempenharem um papel determinante aos pleitos nacionais, há outro aspecto.

Emblemático

De 1950 pra cá, o único candidato que perdeu em Minas e venceu a eleição nacional foi Getúlio Vargas. Todos os outros que chegaram lá foram os mais votados nas alterosas. A tendência, neste 2022, é Bolsonaro bater Lula entre os mineiros. Já no primeiro round. Serão três semanas eletrizantes daqui até o dia 2 de outubro.