Estamos na penúltima semana antes das eleições. No panorama nacional, é possível observar que nos 27 estados temos a possibilidade de eleição em primeiro turno em pouco mais da metade das unidades federadas.
São 14 os estados, incluindo-se aí o Distrito Federal, com perspectiva de governadores se reelegeram no primeiro turno, além dos nomes que despontam onde não há mais possibilidade de reeleição.
Os cinco nomes mais prováveis para passar a régua já no dia 2 de outubro são Romeu Zema (Minas), Ratinho Júnior (Paraná), Renato Casagrande (Espírito Santo), Helder Barbalho (Pará) e Ibaneis Rocha (Distrito Federal).
São políticos do Novo (Zema), MDB (Ibaneis e Helder), do PSD (Ratinho) e PSB (Casagrande).
Apenas dois governadores candidatos à reeleição não aparecem liderando em todas as pesquisas. Rodrigo Garcia, que assumiu com a renúncia de João Doria Jr, está em dificuldades no maior colégio eleitoral do país, São Paulo.
E em Santa Catarina. Por aqui, Moisés da Silva corre o risco inclusive de ficar fora do segundo turno.
Outra realidade
Aquele mesmo ilustre desconhecido que surpreendeu em 2018 e que acabou carimbando o passaporte para o segundo, deixando o emedebista Mauro Mariani na estrada, deu uma verdadeira lavada em Gelson Merisio no segundo turno.
Tripé
PSL que, em 2018, só elegeu três governadores: Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Ou seja, eleição estadual relevante mesmo o PSL só conseguiu entre os catarinenses há quatro anos.
Viés
Agora o estado está sendo visto com olhos diferenciados de há quatro anos. Terra onde o governador enfrenta sérias dificuldades para renovar o mandato.
Erro crucial
Como ele se distanciou de Jair Bolsonaro depois de ter sido eleito por ele em 2018, o presidente está com outro candidato em Santa Catarina.
É o senador Jorginho Mello, do PL, o mesmo 22 de Bolsonaro.
Nova onda
Os sinais de transferência de votos novamente neste pleito, são evidentes. Mesmo havendo outros três candidatos com alguma identificação com o chefe da nação.
Por fora
Moisés, do Republicanos, mesmo distante, tenta pegar uma carona, mesmo que periférica. Mesma situação de Gean Loureiro, que tem Soraya Thronicke como candidata a presidente.
O postulante a governador do União Brasil, no entanto, tem no seu coordenador de campanha, João Rodrigues, um bolsonarista de cruz na testa.
On line
Jair Bolsonaro não virá a Santa Catarina sob o risco de perder votos se priorizar um palanque em detrimento dos outros.
Patamares
Curiosamente, pesquisa recente com boa confiabilidade mostrou que Seif e Jorginho aparecem com o mesmo percentual de votos embora o postulante ao Senado esteja se apresentando agora ao mundo político eleitoral.
Cabos fortes
Dois diferenciais que projetam Jorge Seif: o apoio aberto e reiterado de Bolsonaro e também do empresário Luciano Hang, que inclusive coordena a campanha senatorial do catarinense.
Mão dupla
Até por isso, há uma troca. Para Jorginho também acaba sendo importante ter Jorge Seif na chapa, na medida em que ele, com todo esse respaldo, acaba também agregando votos ao cabeça de chapa.
A conferir até onde vai a capacidade de transferência de Bolsonaro em Santa Catarina, mas ela já dá sinais que tem tudo para ser novamente decisiva no pleito estadual.