A turma do MDB, na ponta, literalmente abandonou a candidatura de Moisés da Silva à reeleição.
Uma parte considerável da atuante base emedebista nunca aderiu, essa que é a realidade desde as desastrosas articulações que levaram Moisés a não assinar no Manda Brasa e depois de histórica e bizarra série de eventos que resultou na indicação de Udo Döhler como vice na chapa do governador.
O movimento de emedebistas é seguido por outros partidos, como o Podemos e até do próprio Republicanos, partido do chefe do Executivo estadual.
Além de terem sido negociações puramente de gabinete que levaram essas siglas a fecharem com o governador, que ficou com o CNPJ mas não levou as pessoas, há uma movimentação específica que está criando um enorme mal-estar no que sobrou do seio da coligação.
O secretário da Infraestrutura, Tiago Vieira, tem ligado para vários líderes, inclusive prefeitos, pedindo ajuda e votos para o candidato a deputado Renê Meneses, ex-presidente da Santur.
Ocorre que depois de Jorge Tascca (secretário de Administração), e de Márcio Ferreira, (chefe de gabinete), os dois coronéis mais ligados a Moisés da Silva, Vieira é um dos mais próximos do atual inquilino da Casa d’Agronômica. Por óbvio, subentende-se que ele tem intercedido a favor de Meneses por determinação de seu superior.
Renê Meneses é candidato a deputado estadual pelo Republicanos. A intervenção direta de um dos homens de confiança do governador ao seu projeto eleitoral tem incomodado e muito correligionários e também candidatos fortes como Luciano Buligon (duas vezes prefeito de Chapecó e ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico), Leandro Lima, que pilotou o sistema prisional, André Motta (ex-secretário de Estado da Saúde), a ex-presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, e por aí vai.
O clima é péssimo e muitos deles já não estão efetivamente na campanha do governador, que, como já registramos aqui há muito tempo e em diversas oportunidades, terá dificuldade enorme de passar ao segundo turno.
