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Coluna do dia

Debate no SBT não altera panorama eleitoral na reta final

Debate no SBT não altera panorama eleitoral na reta final

Por óbvio, o presidente Jair Bolsonaro e candidato à reeleição, foi o maior alvo dos adversários durante o debate dos presidenciáveis no sábado à noite. Foi transmitido por um pool de empresas de comunicação liderados pelo SBT.
Houve um festival de pedidos de direito de resposta, sobretudo pelo chefe da nação, acossado por todos os lados, menos pela novidade que atende pelo nome de Padre Kelmon, o candidato do PTB à presidência.
Padre que aliás, não fosse seu apoio escancarado ao presidente, chamou a atenção do distinto público. E deu uma resposta emblemática a uma jornalista que o questionou sobre a Lei da Ficha Limpa, que impediu Roberto Jefferson de concorrer, abrindo espaço a ele.
“Deveria valer para todos,” disparou o padre, numa referência direta ao ex-presidiário Lula da Silva.

Direto ao ponto

Ao seu estilo, sem mais delongas e mimimis, Jair Bolsonaro rebateu todos os ataques com argumentos e dados. E teve direito de resposta para contrapor acusações levianas como a de que seria corrupto e estaria num governo corrupto.

Elas bem

As duas senadoras, Simone e Soraya, se apresentam bem, falam bem, foram firmes. Mas parece que apesar disso, o fenômeno de que mulher não vota em mulher neste país permanece. Elas parecem, apesar de estarem se apresentando bem, que não encantam o público.

Verve afiada

Ciro Gomes é de longe o mais inteligente e preparado. Quando não se exalta, externa toda sua capacidade de formulação e de raciocínio. Mas como já teve inúmeros rompantes de destempero e está na quarta eleição presidencial, acaba não sendo levado muito a sério.

Cabos eleitorais

A fim e ao cabo, as candidaturas de Ciro, Simone e Soraya acabam favorecendo Jair Bolsonaro. O raciocínio é simples: a esquerda decente, programática tem a opção de Ciro ou Simone. E as mulheres que podem estar chateadas com o jeitão do presidente, têm as opções de Simone e Soraya.

Direita-raiz

O candidato do Novo, Luiz Felipe D’Ávila, também se saiu muito bem no debate. Consegue transmitir segurança, confiabilidade e uma mensagem clara sobre seus pontos de vistas e propostas. Dá pra afirmar que é um candidato “direita-raiz.” É o nome de um partido que tem tudo para crescer e se fortalecer daqui por diante. Não só por sua organização, perfil e diretrizes, como também pela derrocada das velhas e carcomidas legendas políticas de sempre.

Democrata ausente

O grande nome, é praticamente um fetiche, dos nobres e valentes defensores da “democracia” neste país (democracia que só existe se eles mandarem, desmandarem, surrupiarem, manipularem e por aí vai), Lula da Silva, decidiu não comparecer ao debate. Deu uma desculpa esfarrapada qualquer e que foi prontamente e justamente rebatida pelo SBT.
Um democrata que não comparece a debate na reta final da campanha é algo sui generis, coisa deste país, naturalmente.

Dúvidas

Várias incógnitas ficaram no ar depois da ausência do ex-presidiário, que apanhou bastante mesmo não estando pressente. Teria ele receio de ir à emissora que não seja o seu canal protetor? Teria sido aconselhado a continuar falando somente em território caseiro?
Teria sido aconselhado a falar menos nesta reta final, já que cada vez que o ex-mito abre a boca sai uma bobagem maior do que a outra? Enfim, a ausência de tão democrática figura neste momento decisivo só é mais um elemento a ilustrar o gravíssimo momento que vivemos.