O deputado federal Fabricio Oliveira (PSB) foi à tribuna da Câmara, nesta quinta-feira, 16, para mostrar que a prefeitura de Balneário Camboriú está na contramão da tendência nacional, que está levando centenas de prefeituras a anunciarem cortes de gastos e medidas de austeridade. O parlamentar, que representa a região da Amfri no Congresso, está acompanhando de perto o desenrolar das crises econômica e política do país.
Fabricio discorda totalmente da criação de duas novas secretarias municipais em Balneário Camboriú, com seus respectivos cargos de secretário, diretores e coordenadores; e também da criação de novas comissões remuneradas no âmbito da administração.
“Nós estamos enfrentando uma crise federativa neste país, onde os municípios estão, acima de tudo, enxugando a máquina. Mas em Balneário Camboriú, a lógica está sendo diferente,” comparou ele, salientando que as pastas em questão são as secretarias de Compras e a da Transparência.
Sobre a pasta de Compras, o deputado assinalou que já havia um departamento, onde a necessidade não era de um novo organograma e sim de uma limpeza no que existia. “O Gaeco descobriu uma verdadeira quadrilha (no departamento de Compras),” lembrou o deputado, em referência aos 46 indiciados por diversos crimes.
PASSARELA DA BARRA
O deputado também destacou que Balneário Camboriú, infelizmente, virou notícia negativa na mídia estadual e nacional pela famosa obra da passarela da Barra, que está parada e deveria custar R$ 23 milhões, com finalização prevista para dez meses. “Já faz três anos (que se iniciaram as obras),” acrescentou ele. Além disso, a passarela consumiu, até o momento, mais de R$ 30 milhões (confira no vídeo em anexo). “A passarela representa um enorme desperdício de dinheiro público,” apontou o deputado.
“A cidade de Balneário Camboriú vai contra o combate à crise,” salientou Fabricio, lembrando, ainda que, enquanto isso, a gestão da Saúde no município continua um caos, com destaque para as constantes reclamações e dificuldades de atendimento no Hospital Ruth Cardoso.
O deputado também criticou o desperdício de dinheiro público com alugueis. “A prefeitura paga R$ 8,5 mil por mês de aluguel de uma sala que está fechada na quarta avenida. Ali, deveriam funcionar duas farmácias públicas para atender a população mais carente,” salienta o parlamentar.
Por fim, advertindo que o momento é delicadíssimo sob o viés da economia, o parlamentar fez um apelo para que a condução administrativa da cidade seja revista. “A arrecadação despencou em todos os municípios do país. É preciso priorizar a gestão, a eficiência e não o desperdício”, arremata Fabricio.