O governador eleito, Jorginho Mello, transmitiu muita tranquilidade, serenidade, estava com os pés no chão, sem salto alto e lamentando muito a derrota de seu amigo e correligionário Jair Bolsonaro nas primeiras horas pós-eleição. Foi durante a primeira entrevista concedida por ele depois de eleito, no SCC Meio Dia de segunda-feira.
O novo governador catarinense deixou em aberto a possibilidade de se encontrar com o presidente da República ainda esta semana. Bolsonaro está em silêncio desde domingo.
Jorginho Mello pretende reservar o mês de novembro para uma série de contatos, conversações, sondagens e até convites para a composição da administração estadual que ele vai pilotar a partir de 1ᵒ de janeiro.
A transição já foi iniciada com a indicação de nomes da parte do eleito e também de quem compõe o atual governo.
Questionado se ia se encontrar com Moisés da Silva, Jorginho foi monossilábico e assertivo: “não.”
Protocolar
Ou seja, o atual e o futuro chefe do Executivo vão participar da transmissão do cargo depois da posse em primeiro de janeiro na Alesc. E só.
Ivete lá
Aliás, a investidura do senador no cargo de governador assegurará quatro anos a Ivete Appel da Silveira na Câmara Alta. Ela é primeira suplente de Jorginho Mello.
Ivete aqui
Também já é dada como certa a possibilidade de o segundo suplente da chapa, Beto Martins, ex-prefeito de Imbituba, ter boa participação no Senado. Sobretudo se dona Ivete for aproveitada no colegiado que assumirá em 2023.
Novo governo
O eleito não cogita manter nomes da atual gestão em seu governo, conforme especulações infundadas que já vêm sendo difundidas. Será uma nova gestão.
Do ramo
A intenção de Jorginho é mesclar a parte técnica com a política. Ou seja, o cidadão precisa ser do ramo, mas não pode perder de vista o necessário jogo de cintura da política.
Mandatários e suplentes
Jorginho Mello poderá vir a aproveitar nomes eleitos para a Câmara e a Alesc. Até, porque não, suplentes qualificados que não se elegeram.
Interna corporis
Sobre a nova Mesa Diretora da Assembleia Legisaltiva, Jorginho não está discutindo o assunto. O PL elegeu 11 deputados estaduais. Uma parcela considerável é bolsonarista-raiz. Trocando em miúdos, são perfis de mais difícil negociação política.
Base forte
O que vai exigir do novo governador uma amplitude maior de negociação no Parlamento para formar uma base de sustentação de pelo menos 30 dos 40 deputados para aprovação de seus projetos ou de iniciativas que exijam dois terços da composição da Casa: 27 parlamentares, o que implicará em ter uma base de apoio mais sólida.
A seguir
Os detalhes da negociação para o comando do Parlamento estadual serão alvo de apreciações ainda esta semana.
foto>SCC-SBT, divulgação