O nosso Estado poderá ganhar o primeiro santo nascido em “águas catarinenses”.
É que o Vaticano beatificou, esta semana, o bispo Jacinto Vera.
Ele nasceu em 3 de julho de 1813 em um navio, em mares catarinenses, no Oceano Atlântico, durante a viagem de sua família para o Uruguai, proveniente das Ilhas Canárias (Espanha).
Menos de um mês depois, em 2 de agosto de 1813, Vera foi batizado na atual Catedral de Florianópolis, na época chamada de Paróquia de Nossa Senhora do Desterro.
Dias depois a família seguiu viagem para o Uruguai, onde Dom Jacinto se transformou no primeiro Bispo de Montevidéu, em 1865.
O religioso sempre lembrou com carinho da Catedral de Florianópolis e, como prova da sua afeição, ao morrer, em 1881, deixou expresso o desejo de doar sua cadeira de bispo à igreja onde foi batizado.
Assim, a cátedra doada por Dom Jacinto há 141 anos é utilizada até hoje na Catedral Metropolitana, sendo usada exclusivamente pelo arcebispo local.
Nos registros da Catedral aparece que Dom Jacinto recebeu o sacramento do batismo na segunda-feira, 2 de agosto de 1813, acompanhado da data e local do seu nascimento: “nascido há 30 dias em águas catarinenses”.
Santa Paulina
Santa Catarina já conta com Santa Paulina que nasceu na Itália e veio ao Estado com 10 anos.
Em 1991, numa missa campal em Florianópolis, o Papa João Paulo II nomeou Madre Paulina uma beata, sendo canonizada em 2002.
Diferença entre beatificação e canonização
A beatificação é o último passo antes da canonização, ou seja, o momento em que a Igreja reconhece e declara que uma pessoa é santa.
Se para a beatificação é necessário que haja um milagre atribuído à intercessão do venerável, o que é necessário para a canonização é que um segundo milagre ocorra após o anúncio da beatificação.
(Com informações do Vaticano News e do site da Catedral Metropolitana)