Contornos finais
O governador Jorginho Mello tem mais alguns dias para a definição de mais alguns secretários.
Já registramos aqui que algumas posições vão ficar para a segunda quinzena de janeiro, considerando-se o contexto da eleição para a nova mesa diretora da Alesc.
A composição final do Colegiado do novo governo passa justamente pela intenção de que se chegue a um amplo entendimento na Assembleia, evitando a disputa e o racha na Casa.
Jorginho tem experiência de oito mandatos consecutivos (quatro de estadual, dois de federal, um de senador e um de vereador, ele nunca perdeu uma eleição) faz lembrar a trajetória eletiva de Luiz Henrique da Silveira.
Evidentemente que Mello pretende começar o governo com o respaldo robusto, uma base sólida, na Alesc.
Ocorre que algumas secretarias o governador pretende definir no curtíssimo prazo. Uma que chama muito atenção é a de Segurança Pública. Também porque Jorginho teve um contratempo com o anunciado para a Administração Penal, Jeferson Cardozo. Ele nem assumiu e teve que ser demitido.
Tampão
O chapecoense Neuri Mantelli, que é vereador, havia sido indicado como adjunto e agora responde interinamente por esse setor da SSP.
Nome forte
A categoria, no entanto, defende a tese de alguém de carreira, que responde pelo nome de Edson Rocha. Mantelli é servidor temporário, é ACT, fica fragilizado sob este viés.
Nitroglicerina
A área de Segurança é, por natureza, nervosa, delicada. O titular da Segurança Pública ainda não foi definido. Aquele conselho criado por Moisés com rodízio de comando está caindo por terra.
Reversão
O novo governador já definiu que o formato da Segurança em Santa Catarina será o tradicional. Com um titular. O que acaba restabelecendo a tradicional queda-de-braço entra as polícias Civil e Militar nos bastidores.
Às moscas
A Civil se sentiu abandonada nos quatro anos de Moisés da Silva, coronel aposentado do Corpo de Bombeiros.
Mobilização
Eles lutam por alguém de seu segmento como titular da SSP. É uma situação nevrálgica. Vários governadores, começando por Vilson Kleinübing, nomearam um promotor de Justiça para o cargo. Esperidião Amin assim o fez, a exemplo do caminho adotado por Raimundo Colombo. A saída por um membro do MP tangencia a disputa entre as polícias.
Está em casa
Jorginho Mello tem uma solução caseira. É a vice-governadora Marilisa Boehm. Ela é delegada aposentada. Mas os militares vão se insurgir se ela for nomeada! Muito improvável, Marilisa é vice-governadora eleita! E fim de papo. Seria a solução perfeita. Já colocaria a vice numa missão em uma área que requer atenção especial.
Equilíbrio
Não custa lembrar que a bancada eleita do PL para a Assembleia Legislativa tem um representante da PM, o deputado Sargento Lima, e um da Civil, Maurício Eskudlark, que já foi delegado-geral.
Voz do povo
Ou seja, os dois segmentos estão muito bem representados no Legislativo. No Executivo, uma delegada foi eleita junto com Jorginho Mello e tem todas as condições de assumir a função e resolver o problema!