Blog do Prisco
Coluna do dia

Ritmo de trabalho

O governador Jorginho Mello continua se movimentando politicamente. Ele não para. Diferentemente de seu antecessor, que se encastelou logo após a eleição e a posse em 2019, o atual chefe do Executivo estadual circula pelo estado freneticamente. Em atividades administrativas, visitando hospitais, prefeituras, mas também em eventos turísticos regionais.
Ou seja, ele mantém o contato direto com a população. Não quer perder o cheiro de povo.
Mello, como governador, vai deixar a presidência do PL Barriga-Verde. Ele tem conduzido internamente conversações para escolher quem assumirá a missão de pilotar o partido em Santa Catarina.
Muito provavelmente a missão caberá a um deputado estadual. Até porque os eleitos à Câmara Federal passarão muito tempo em Brasília, dificultando a correta condução da sigla.
O PL elegeu 11 deputados estaduais. Um deles, Estener Soratto, foi chamado à Casa Civil. Ele será substituído por Maurício Peixer, de Joinville, a partir de 1ᵒ de fevereiro.
Soratto terá, contudo, que tomar posse como deputado para daí pedir afastamento e ser reinvestido na Casa Civil.
Articulação
O novo presidente do PL terá um desafio delicado. Precisará ter uma fina sintonia com Jorginho Mello e com o próprio Soratto. O deputado e secretário terá a missão de manter contato com os demais poderes (TJSC, MPSC, TCE, Alesc e Udesc). Além, obviamente, de fazer a articulação política entre o Executivo e o Legislativo estaduais.
Conteúdo
Nessa engrenagem, o PL precisará fazer sua parte. Um deputado estará na liderança do partido. Maurício Eskudlark, Ivan Naatz e Sargento Lima são os nomes mais prováveis. Ana Campagnolo, a mais votada em 2022 com quase 200 mil votos à Alesc, não parece ter o perfil. Nem para a liderança e muito menos para comandar o partido.
Olho no futuro
Jorginho Mello pretende fazer essa costura de maneira eficiente até porque temos eleições municipais em 2024. O PL projeta conquistar prefeituras importantes e um número significativo de vereadores para reforçar o projeto de reeleição do governador em 2026.
Condicionante
O desempenho consistente do PL daqui a dois anos é fundamental para as pretensões do próprio governador na reeleição.
Há vagas
Jorginho ainda tem alguns cargos a preencher. É preciso saber se isso entrará na cota da eleição à mesa diretora da Alesc. Se Ana Campagnolo for a primeira-vice da Assembleia, dentro de um grande acordo, ela estará naturalmente fora do circuito liderança e presidência do partido.