Nada do que se faça ou fale amenizará a dor de vivenciar a agressão dentro do ambiente escolar. Os noticiários conquistaram mais do que a atenção das pessoas com o atentado na escola de Blumenau – conquistaram, acima de tudo, a empatia.
Vivemos períodos difíceis da vida social, é inegável. A violência dentro das escolas, no entanto, é muito superior a atentados como este. Ela está presente todos os dias no ambiente escolar e é preciso combate rigoroso!
Atos violentos são praticados diariamente contra professores, por alunos desrespeitosos. Também são praticados entre os próprios alunos, por meio de bullying. Há algumas décadas as pessoas tratariam como “marcação”, no caso dos estudantes. Já na relação aluno-professor, o velho, bom e saudável puxão de orelha pelos pais, em casa, resolveria muito.
O governador Jorginho Mello encaminhou para a Assembleia Legislativa o projeto Escola Mais Segura, aprovado por unanimidade pelos Parlamentares. Iniciativa importante e extremamente necessária para garantir a repressão diante da política de desencarceramento presente no Brasil, que deixa vulnerável o ambiente escolar para acesso de qualquer meliante.
Contudo, também precisamos trabalhar em frentes complementares, as quais, destacam-se a primeira identificação de indícios de distúrbios emocionais ainda na primeira infância dentro de sala de aula, que é quando as crianças estão em contato amplo com o convívio social, além do tratamento psicológico e, porventura, psiquiátricos. Outro aspecto importantíssimo e complementar ao Escola Mais Segura é a fiscalização pelos pais nos celulares dos filhos.
Em outras palavras, o melhor caminho a seguir no combate a atos violentos dentro de sala de aula é a prevenção, o que se faz com fiscalização, cuidado, diálogo e zelo. Acima de tudo, reaproximar as famílias do ambiente escolar, porque esta é a base para a formação do cidadão.
- Maurício Peixer é deputado estadual pelo Estado de Santa Catarina
Foto: Rodolfo Espíndola/Agência AL
