Blog do Prisco
Coluna do dia

Itajaí e a falta de renovação política

Itajaí e a fala de renovação política

O ex-prefeito e ex-deputado Jandir Bellini elegeu-se prefeito de Itajaí pela primeira vez em 1996. Assumiu em 1997 na sucessão de Arnaldo Schmitt Jr.
De lá pra cá, foram sete mandatos sendo cumpridos pelo próprio Bellini e pelo atual prefeito, Volnei Morastoni (MDB).
Vale lembrar que a cidade portuária, assim como outros municípios-polo de Santa Catarina, também já foi administrada pelo PT.
Na sucessão de Bellini, que foi reeleito em 2000 e ficou como prefeito até 2004, Morastoni elegeu-se filiado ao PT.
Tinha grande identificação com o partido. Tanto que levou o ex-prefeito de dois mandatos em Blumenau, Décio Lima, para assumir a Superintendência do Porto de Itajaí naquele período.
Ainda filiado ao PT, Morastoni não conquistou a reeleição. Jandir Bellini voltou a pilotar a cidade em 2009 (venceu a eleição de 2008) e acabou cumprindo, de forma histórica, mais dois mandatos em sequência (foi reeleito em 2012).
Exerceu as funções até 31 de dezembro de 2016. Em outubro daquele ano, Volnei Morastoni, já filiado ao MDB (chegou ao partido pelas mãos do falecido Luiz Henrique da Silveira), voltou à prefeitura, reelegendo-se em 2020.

Portos e aeroportos

A senadora Ivete da Silveira recebeu, nesta quarta-feira (28), o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins. Na pauta, estratégias para alavancar recursos para o crescimento do setor em Santa Catarina já que a senadora pode contribuir na interlocução com o ministério dos Portos e Aeroportos.

Aspas

“O setor de logística vem crescendo e se organizando rapidamente no estado. Temos que garantir a infraestrutura e acesso aos recursos. Nossa ação será sempre no sentido de promover o desenvolvimento do estado. Conheço Beto Martins há mais de 20 anos, sei da seriedade de seu trabalho, quer como prefeito de Imbituba ou como secretário estadual de Turismo. Quando o governador Jorginho Melo anunciou sua nomeação, as lideranças que trabalham com logística apoiaram incondicionalmente. Estamos alinhados”, comentou a senadora.

História

Ivete da Silveira lembrou ainda que a ligação dela com o secretário, vem desde o início dos anos 2000, quando o marido da senadora, o então governador Luiz Henrique, esteve na posse de Martins como prefeito.

Aspas 2

“Jamais vou esquecer que ele esteve mais de 10 vezes na nossa Imbituba. Foi mais do que um político que eu admirava. Foi um verdadeiro padrinho”, lembrou o secretário. Beto Martins também fez parte da chapa vitoriosa que levou Jorginho Mello ao Senado, em 2019, e que tinha Ivete da Silveira como primeira suplente e o ex-prefeito de Imbituba como segundo suplente.

Imagem

A agenda e a foto entre os dois também deve ajudar a dirimir boatos de que haveria esforços no governo estadual para afastar dona Ivete do Senado, abrindo caminho para a posse de Beto Martins.

Fidelidade

O secretário é umbilicalmente ligado ao governador, a quem seria absolutamente fiel também em Brasília. Um interlocutor em comum assegura que a relação dos dois (Ivete e Beto) é excelente e que não há qualquer movimento concreto nessa direção.

Gesto

O que deve ocorrer é a senadora abrir espaço para a posse temporária, de alguns meses, de Martins na Câmara Alta.

Decisão pessoal

Vale lembrar, ainda, que uma substituição no Senado não depende da vontade de qualquer liderança política de SC. Para que Beto Martins assumisse, Ivete da Silveira teria que renunciar ou vir a ter algum problema mais sério de saúde, opções que não estão na pauta da senadora neste momento.