Casildo tucanou
Ex-senador e ex-governador Casildo Maldaner enviou uma “carta aberta” à executiva estadual do PMDB, defendendo que a seção Barriga-Verde do partido chegue à convenção nacional com uma “posição firmada” em relação ao quadro político atual. Para o peemedebista, a situação é” aterradora”, pois a “crise política corrói as relações entre os poderes.”
Mesmo diante da situação crítica, Maldaner deu uma bela tucanada em relação à tese de desembarque do PMDB do governo Dilma. Invocando Ulysses Guimarães, o líder partidário, de forma tímida, diz que a opção não pode ser descartada, mas crava o seguinte: “Nesse momento em que a corda está por demais tensionada, um rompimento abrupto pode causar prejuízos incalculáveis à nação. Abandonar o barco, sem buscar soluções, é bater em retirada, é desertar, conduta que não se coaduna com nossa melhor tradição, desde Tancredo Neves à Ulysses Guimarães, de Pedro Ivo Campos à Luiz Henrique da Silveira, de buscar o entendimento em prol da democracia e da legalidade que nos guiam.”
No documento, Casildo Maldaner também lembra que Luiz Henrique da Silveira vaticinou, três meses antes de sua morte, que “ a nação está inquieta. O povo está aflito, nervoso, ansioso, atordoado. Há um clima generalizado de desânimo, de desalento, de descrença.” Pois é, avisos não faltaram.
Via judicial
Prefeito de Lages, Elizeu Mattos (PMDB), conseguiu adiar a sessão extraordinária da Câmara que apreciaria o pedido de cassação do seu mandato. O desembargador Arthur Jenichen Filho concedeu liminar neste sentido, atendendo alegações da defesa de que o regimento interno da Casa estaria sendo desrespeitado.
Questionamentos
A composição da Comissão Parlamentar Processante (CPP) – com dois vereadores do PP e um do PMDB – também é alvo de questionamento. Ainda não está claro quando e se haverá a sessão para apreciar o impeachment de Elizeu Mattos este ano.
Mas é possível afirmar, sem medo de errar, que, ao recorrer ao Judiciário, o alcaide sinaliza que não estava seguro quanto ao placar em plenário.
Dois terços
Os defensores da degola do peemedebista precisariam de dois terços dos votos, ou seja, 13 dos 19. Elizeu passou a semana articulando para obter mais do que os sete apoios necessários. Na dúvida, melhor recorrer à Justiça.
Viabilidade eleitoral
Embora o deputado estadual Leonel Pavan apareça bem situado na recente Pesquisa IPS da Univali com eleitores de Balneário Camboriú, a candidatura do tucano é bem menos viável em 2016 do que a do deputado federal Fabrício Oliveira (PSB). A rejeição do tucano se aproxima dos 30%. E vem combinada com a queda na intenção de votos na pesquisa estimulada (quando os nomes dos concorrentes são apresentados), enquanto a rejeição de Fabrício bate na casa dos 5% e crescimento na pesquisa estimulada.
Endereço
Ainda em Balneário Camboriú, são cada vez mais fortes os rumores de que o prefeito Edson Piriquito está com quase dois pés fora do PMDB. Uma das opções para novo endereço dele, acreditem, é o PP, do secretário Fábio Flôr, que, por ora, é o nome do governo para 2016.
