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Manchete

Turno Único e múltiplas candidaturas em São José

Havia uma grande expectativa em relação à possibilidade de um quarto município realizar o segundo turno em Santa Catarina já nas próximas eleições. Por lei, é necessário que a cidade tenha pelo menos 200 mil eleitores para que a eleição majoritária municipal ocorra em duas etapas. A eleição em dois turnos acontece em SC em apenas três dos 295 municípios: Joinville, Florianópolis e Blumenau, pela ordem do eleitorado.

O quarto colégio eleitoral do estado é São José. No entanto, é muito provável que não tenhamos dois turnos ali em 2024. A projeção da Justiça Eleitoral é de 195 mil eleitores josefenses no próximo ano. Não houve qualquer campanha para estimular a transferência de títulos eleitorais em massa na região, nem por parte da Justiça Eleitoral nem dos partidos. Parece não haver interesse no segundo turno em São José, uma cidade que costuma registrar múltiplas candidaturas a cada quatro anos.

Quarteto

Na última eleição, em 2020, seis candidatos disputaram a prefeitura. Quatro chapas eram competitivas.

Ascensão

A vitória foi de Orvino Coelho de Ávila, ex-vereador com dez mandatos. Foi eleito pelo PSD com o apoio de Adeliana Dal Pont, sua correligionária. O vice-prefeito é Michel Schlemper, do MDB.

Rompimento

Houve um rompimento entre o atual prefeito e a ex-prefeita. Adeliana recentemente se filiou ao PL do governador Jorginho Mello. Orvino de Ávila foi eleito com cerca de 30% dos votos, algo que já havia ocorrido com Djalma Berger. A grande quantidade de candidatos permite que alguém vença a eleição com percentual relativamente baixo.

Pulverização

Em 2024, a disputa em São José pode ser imprevisível. Pode haver o retorno de Dário Berger, que foi prefeito da cidade duas vezes nos anos 1990.

Feito

Posteriormente, Dário transferiu seu domicílio eleitoral para Florianópolis, onde cumpriu dois mandatos como prefeito. Depois de um período afastado, foi eleito senador pelo MDB.

Sem Chances

Dário provavelmente não concorrerá em Florianópolis. Além de ser uma eleição mais cara, ele reconhece que tem poucas chances contra o atual prefeito, Topázio Neto, que está em um bom momento à frente da capital.

PSOL

Pela esquerda, o destaque é o deputado estadual Marquito, do PSOL. Resta saber se ele conseguirá unificar a esquerda em torno de seu nome. O PT já sinalizou apoio a Marquito em 2024.

Expectativas

Além desses dois, outros candidatos podem surgir em Florianópolis. Até o momento, os mais relevantes são o atual prefeito e Marquito.

Volta às Origens

Dário Berger está indeciso entre São José e Florianópolis. Ele deve retornar ao MDB após uma passagem pelo PSB e possivelmente tentará um terceiro mandato na cidade vizinha à capital.

Articulando

O MDB pode indicar o vice de Topázio Neto em Florianópolis, possivelmente João Cobalchini, presidente da Câmara de Vereadores.

Dobradinha

Michel Schlemper, atual vice-prefeito, tem sido leal a Orvino de Ávila. Ele não tem um “plano B” além de formar uma chapa novamente com Orvino.

Avaliando

O deputado estadual Sérgio Guimarães, ex-candidato a prefeito de Palhoça, considera ser uma opção para os eleitores de São José. Ele é filiado ao União Brasil.

Novidade

Pelo partido Novo, o ex-deputado Bruno Souza avalia concorrer. Pelo PL, os bolsonaristas tinham esperanças no ex-chefe nacional da PRF, Silvinei Vasquez, que foi detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

Pendência

Há rumores de que, uma vez liberado, Vasquez poderia concorrer em São José com o apoio de Jair Bolsonaro.

Definição

Jorginho Mello decidiu não esperar e filiou Adeliana Dal Pont, que agora é opositora a Orvino. Dário Berger também tem críticas ao atual prefeito. Enquanto faltam candidatos na capital, há muitos pré-candidatos a prefeito em São José.

Quinteto

Em 2024, os principais nomes em São José podem ser: Orvino, Dário, Adeliana, Sérgio Guimarães e Bruno Souza.

Xadrez

O movimento de Dário Berger é estratégico para a definição dos candidatos nos segundo e quarto maiores colégios eleitorais do estado.

Ah, Tá

Dizem que Dário tem uma condição para retornar ao MDB: se eleito prefeito novamente, seja em Florianópolis ou São José, ele quer ser o candidato do partido a governador em 2026. Como diria o saudoso Miguel Livramento: “fala aqui pro bonequinho, o.”

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