Nesta terça-feira, dia 29, durante a reunião da CPMI de 8 de Janeiro, o senador Jorge Seif (PL-SC) cobrou da comissão e do Supremo Tribunal Federal – STF, o cumprimento dos requerimentos de solicitação do envio de imagens pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
As imagens de câmeras de segurança do MJ foram negadas reiteradamente por Dino, apesar de sucessivos pedidos da CPMI e de despachos do ministro Alexandre de Moraes, confirmando o teor das solicitações e negando qualquer restrição alegada pelo ministro.
“Nós estamos sendo desrespeitados. Foram sete requerimentos aprovados solicitando imagens do Ministério da Justiça. O Ministro Alexandre de Moraes determinou que fossem entregasse as imagens. O ministério entregou duas imagens capengas, descoordenadas e insuficientes”, disse Seif.
O senador lembrou que, no dia 22 de agosto, o bloco da oposição impetrou um mandato de segurança no Superior Tribunal de Justiça – STJ, que oficiou o Ministério da Justiça, para que as imagens fossem encaminhadas à CPMI.
Seif também defendeu que o governo federal seja responsabilizado por eventual omissão, ao não empregar o uso da Força Nacional no momento da invasão aos prédios públicos.
“O que nós queremos com essas imagens? Basicamente mostrar a verdade, mostrar que a Força Nacional, sob o comando do Ministério da Justiça, do Ministro Flávio Dino, estava de plantão na praça dos Três Poderes e não agiu. Cerca de 240 homens de braços cruzados, deixando Brasília pegar fogo, deixando Brasília ser depredada”.
Durante sua fala, o senador catarinense apresentou um vídeo com imagens que comprovam a presença da Força Nacional, inerte, diante da invasão dos prédios públicos.
Para Seif é injusto querer atribuir somente à Polícia Militar do DF a responsabilidade pelos atos do dia 8, sendo que a Força de Segurança Nacional poderia e deveria ter agido diante do que acontecia na sua frente.
“Sabe qual a conclusão a que eu chego? A Força Nacional estava no Ministério da Justiça para fazer a segurança de Flávio Dino e não para proteger patrimônio público, Congresso Nacional, Presidência da República e Supremo Tribunal Federal”, concluiu Seif.