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Bancada da bala na linha de tiro

A chamada bancada da bala no Congresso Nacional, que tem três integrantes de Santa Catarina – João Rodrigues, Rogério Peninha Mendonça (estes dois na linha de frente) e Valdir Colatto – ainda segue comemorando as mudanças no Estatuto do Desarmamento, aprovadas em Comissão Especial na Câmara, e que facilitam a compra e o porte de armas de fogo no Brasil. Para a turma do tiro, as alterações devolvem direitos que teriam sido retirados da população em 2003, quando o estatuto virou lei, e vão evitar que o cidadão de bem “continue refém dos bandidos”.

BANCADA DA BALA

Mas há inúmeros críticos do movimento em favor das armas. E com excelentes argumentos contrários à facilitação deste perigoso comércio. Com as mudanças, cai a idade mínima para compra de arma de fogo, de 25 para 21 anos; o registro da primeira arma passa a ser gratuito e o da segunda, mais barato. O porte dos armamentos também fica bem mais acessível. Só precisará ser renovado a cada 10 anos – hoje é de três em três anos – e seu custo despenca de salgados R$ 1 mil para R$ 300,00. Para fechar, os cidadãos armados poderão levar seus brinquedos no carro, escritório, locais de trabalho, etc. Ao fim e ao cabo, uma temeridade no país que, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), é o recordista mundial no índice de homicídios, com níveis bem acima do que se considera uma “epidemia.”

Em causa própria

Os críticos da facilitação da venda e porte de armas projetam que a violência só fará aumentar no país. Argumentam que a bancada da bala age em favor da indústria bélica, que financiou suas campanhas, e que a ação das autoridades deveria ser no sentido de reforçar as forças de segurança e combate a criminalidade. Há esperanças de que as mudanças não passem no Senado, para onde o projeto já foi encaminhado.

Na foto, da E para a D, Jair Bolsonaro, Rodrigues e Peninha.

Foto: Rafael Pezenti, arquivo, divulgação

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