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Encaminhada absolvição de Seif mesmo com a constatação de exageros de Hang

Perfeito, cirúrgico o voto da desembargadora Maria do Rocio Santa Ritta em relação à ação que pede a cassação do mandato do senador Jorge Seif.

O processo entrou na pauta do pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nesta semana.

Embora tenha entendido que houve excesso e exageros por parte do empresário Luciano Hang na campanha de Seif, participações “reprováveis e ilegais” nas palavras da magistrada, esse fator não foi o responsável pela vitória nas urnas.

Jorge Seif abriu mais de 900 mil votos de dianteira sobre o ex-governador Raimundo Colombo.

O exagero do empresário não foi, evidentemente, responsável por tamanha margem de votos em favor do então candidato. Os fatos são relativos à campanha de 2022.

Luciano Hang, aliás, exagerou sim na dose no ano passado. Diferentemente de seu comportamento em 2023. Jair Bolsonaro já esteve duas vezes em Santa Catarina este ano. Hang não apareceu, sumiu, escafedeu-se. Trocou o número de celular e aderiu a uma campanha, o Desenrola, da área econômica sob Lula III.

Houve um pedido de vistas coletivo dos outros quatro juízes. O julgamento deve ser retomado no dia 7 de novembro. Antes da suspensão, um segundo juiz votou a favor da absolvição de Seif, respaldou o voto de Maria do Rocio mas discordou na caracterização dos crimes.

O placar, portanto, está dois a zero a favor do senador.

O resultado no TRE-SC deve ser unânime assim como foi o caso do ex-prefeito de Brusque, sede do grupo empresarial de Hang, Ari Vequi. Aliás, o TSE cassou o mandato de Vequi e também os direitos políticos de Luciano Hang por oito anos.

Ocorre que no TSE, parcial, capcioso, tendencioso, o quadro pode mudar radicalmente uma vez que a corte superior há tempos deixou de se ater à legislação e tem feito julgamentos políticos como foi o caso de Deltan Dallagnol e o que deve acontecer também com Sérgio Moro. É a Organização funcionando a todo vapor.

Outro aspecto nesse caso. O PSD, na ação, “reivindica” que o segundo colocado na corrida ao Senado em 2022, Raimundo Colombo, assuma sem necessidade de nova eleição.

Convenhamos, é muita cara de pau. A legislação é clara e consagrada: casos como esse ensejam novo pleito. Ponto.

Ainda mais que o ex-governador perdeu por quase 1 milhão de votos de diferença. Agora quer levar o mandato de graça, no tapetão?

Raimundo Colombo fará um favor a Santa Catarina e ao Brasil se recolhendo à sua bela fazenda na Coxilha Rica.

 

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