O ex-prefeito Gean Loureiro está de volta a Santa Catarina. Quando viajou para a Austrália, no meio do ano, ele partiu com a promessa de que retornaria, ainda, ao comando do União Brasil em Santa Catarina.
O deputado federal Fábio Schiochet assumiu a presidência e há uma grande dúvida se ele vai entregar o partido de volta a Gean.
É quase certo que haverá problemas para o ex-prefeito da Capital.
Ainda mais se considerarmos que Antônio Rueda, que era homem de confiança de Luciano Bivar, derrubou o chefe e assumiu a proa do União Brasil nacionalmente.
Schiochet sempre foi muito ligado a Rueda.
Muito provavelmente Gean terá que fazer uma escolha partidária. Ficará sem espaço e sem clima no UB.
O destino deve ser o PSD. Senão vejamos. Gean voltaria ao PSDB, que está caindo pelas tabelas? Obviamente que não.
O PP, evidentemente, não é uma opção para Gean. Voltar ao MDB também não parece viável. Não há mais clima no Manda Brasa para ele.
Gean iria para o PT? Complicado não é mesmo?
O PL de Jorginho Mello não seria uma alternativa? Difícil. Os dois já foram aliados lá atrás, mas tiveram uma campanha rumorosa, com trocas firmes de farpas, no ano passado. Sobra o PSD, partido que indicou o vice dele no pleito de 2022.
Em tempo: Gean Loureiro não tem mais envergadura para uma disputa majoritária. Também por isso, ele teria espaço no PSD para disputar uma deputação. Não entraria em rota de colisão com os dois prefeitos que têm pretensões majoritárias no PSD com vistas a 2026: João Rodrigues (Chapecó) e Clésio Salvaro (Criciúma).
Também convém lembrar que hoje a maior liderança do PSD em Florianópolis é o prefeito Topázio Silveira Neto. O que só ilustra o equívoco do ex-mandatário em ter renunciado antes do término do mandato.