A noite foi de discussões acaloradas na Câmara dos Deputados. Com votação apertada, o requerimento de urgência para votação do PDL que susta o Decreto desarmamentista do governo Lula foi rejeitado por apenas 3 votos.
O texto foi um dos primeiros atos do atual governo, mirando nos atiradores esportivos com medidas para reduzir o acesso às armas e limitar a atuação dos Clubes de Tiro e CACS (caçadores, atiradores e colecionadores). Diante das limitações impostas, o Decreto foi alvo de diversos projetos da direita para sustar as restrições e aprovar a urgência da pauta no Congresso.
A discussão desta quarta-feira (6) varou a madrugada de quinta e uma figura se destacou neste processo: a Deputada catarinense Júlia Zanatta (PL), que esteve presente no plenário e ficou horas articulando e fazendo contatos para que fossem obtidos os votos necessários.
Ligando um a um, Júlia correu contra o tempo falando com todos os deputados da bancada catarinense e pedindo apoio para a aprovação da urgência.
O requerimento acabou sendo derrotado por apenas três votos, o que Zanatta avalia ser consequência do avançar da hora e do atropelo com que a mesa procedeu a tramitação.
“Foi um atropelo da presidência combinado com a inércia, negligência ou até traição de alguns deputados. Perdemos por 3 votos a oportunidade e de impor uma derrota ao governo Lula a uma semana da sabatina de Flávio Dino. Fomos derrotados por muito pouco, mas mostramos nossa força e já estamos trabalhando para colocar novo requerimento de urgência em votação”, ressaltou Júlia Zanatta.
Após o fim da sessão, ainda na madrugada de quinta, a deputada Júlia Zanatta apresentou novo requerimento de urgência para a votação do PDL 3/23 e está empenhada em conseguir os apoiamentos para que a votação seja colocada em pauta o mais breve possível.
Articulada
Em menos de um ano na Câmara, Júlia tem mostrado a que veio. Vice-presidente da bancada do PL, a Deputada tem liderado discussões importantes, sendo uma voz ativa na oposição ao governo. O fato é que muitos figurões usaram as pautas de direita e o nome de Bolsonaro para se eleger, mas na hora do “vamos ver” se eximem da discussão. Diferente destes, a Deputada catarinense faz frente a figurões com anos de casa, defendendo as bandeiras pelas quais foi eleita.
