Penduricalhos, venda de férias, revisão de índices atrasados ao sabor das corporações e outros quitutes: um País de miseráveis saqueado institucionalmente.
Quando o assunto são obrigações e deveres, tal não se aplica na íntegra às instituições brasileiras que bem trabalham com nuances de conceitos operacionais para garantir reflexos que encham os bolsos dos seus membros.
O teto constitucional somente poderia ser excepcionado nos meses de pagamento de férias e/ou decimo terceiro salário [ao menos é assim para os mortais de diversas carreiras públicas…].
No entanto, cria-se jeton para assumir funções, cumular processos, tudo o que bem vistas as coisas parece já sejam funções inerentes ao subsidio mesmo.
O escândalo de gastos médios maior do Brasil do MP de SC com seus membros não o torna pior ou melhor que outras carreiras jurídicas semelhantes País afora. É “apenas mais uma instituição valorizando seus membros”.
E a notícia ruim é que isso vai pipocar na mídia uma semana e será esquecido, e não só continuará assim, como o abismo com as demais carreiras continuará crescendo. É assim que tem ocorrido há anos no Brasil, e que se opor será tachado de comunista ou fascista, ou invejoso, “faça concurso, dizem os privilegiado…”.
O ponto, que não querem enfrentar é esse:
Como o MP vai se opor a penduricalhos exagerados de outras instituições e Poderes se goza de prática semelhante dentro de casa?
Não, não tem moral para cobrar o que fazem os outros ninguém que faça as mesmas coisas!
Isso alguém precisa dizer, estou dizendo, com todo o respeito que tenho por muitos amigos que trilham tão linda carreira.
Viu, amigo avisa do mal hálito. E o bafo institucional de vocês está horroroso!
Já a Defensoria de SC com o pior subsidio das carreiras jurídicas dentro e fora de SC, tem em seu teto a metade do teto [que deveria ter] o MP, que segundo reportagem recentes virou praticamente piso deste último.
Seria porque não temos ação penal ou de improbidade para fazer “melhor refletir” quem fazem as leis??? Mera dúvida….
E não me venham falar da indenização por uso de veículo, porque representei a Lei no MPSC e TCE, e aqui até onde sei deu nada, representamos também no MPF, ao lado do Deputado Sargento Lima, e é objeto de ADI que dormita com Min. KASSIO NUNES MARQUES há mais de ano [de interesse de membros da Fazenda e da PGE, bom recordar também].
Enquanto isso, a vida segue… como diria meu amigo, Paulo Alceu…
De minha, parte com MUITA VERGONHA DE SER CATARINENSE, nessas circunstâncias em que remunerações contestáveis, embora com “mãos de tantas de legalidade”, apontam como sendo uma espécie de Coringa na mão do stablishment politico, que lança a público sistematicamente quando se vê envoltos às investidas inerentes ao cumprimento lídimo dos deveres institucionais.
Ralf Guimarães Zimmer Junior
Cidadão desmotivado de ser brasileiro, com esperança que todo o serviço público seja valorizado, sem exageros para baixo nem para cima.