SDR’s: herança maldita
Tudo bem que Luiz Henrique da Silveira entrou para a história política do Estado, foi um grande líder, saboreou vitórias memoráveis e dominou como poucos a arte de articular alianças e acordos, antevendo o futuro.
Mas, as divergências que voltaram a emergir em torno das 36 (!) Secretarias Regionais, não deixa dúvidas: a menina dos olhos de LHS transformou-se em uma herança maldita para Santa Catarina. Um verdadeiro bode na sala, daqueles que empacam e fazem de tudo para não sair.
Enquanto o governo pretende esvaziar as SDR’s, transformando-as, mediante projeto que tramita na Assembleia, em Agências de Desenvolvimento e extinguindo alguns cargos com apoio da bancada de situação; a oposição e as bancadas de partidos menores, PDT, PPS, PR, PSB e PCdoB (que somam oito deputados e geralmente votam com o governo) estão defendendo a extinção da paquidérmica estrutura regionalizada.
Já o PMDB, que forma uma terceira corrente acerca do caso, defende a manutenção das pastas “por toda Santa Catarina”.
Argumento
O deputado estadual Mário Marcondes (PR) é um dos que defende veementemente o fim das Secretarias Regionais. Argumenta que as regionais só administram recursos para custeio dos prédios, servidores, veículos e materiais. Administrativamente, afirma o republicano, as SDR’s têm funções meramente cartoriais. A romaria de prefeitos e secretários municipais a Florianópolis é constante, arremata o parlamentar.
Vibrando
Quem está que é só sorrisos com a iniciativa dos oito deputados dos partidos menores é o governador. Se dependesse exclusivamente de Raimundo Colombo, as SDR’s, que na gestão de LHS funcionaram como comitês políticos e hoje existem somente proforma, já teriam sido extintas há muito tempo. Foram esvaziadas no seu primeiro mandato como governador e ele só não propôs o seu fim agora, temendo a reação peemedebista.
Derrota do PT
A vitória do professor Luiz Carlos “Cau” Cancellier para a reitoria da UFSC – com posse prevista para março de 2016 – encerra um ciclo obscuro no comando da maior universidade catarinense. Foi desastrosa a gestão da professora petista Roselane Neckel. Cau tem tudo para oxigenar a universidade e sintonizá-la novamente com a comunidade estadual.
Contraponto do Iprev
Renato Hinnig, presidente do Iprev, escreve à coluna e rebate as acusações da Adepol, de que o Instituto de Previdência estaria discriminando policiais civis ao não conceder aposentadorias integrais a delegados.
De acordo com Hinnig, “não houve nenhum tipo de discriminação, de parte do Iprev, direcionado àquela categoria. Houve sim o cumprimento das determinações que nos foram repassadas pela Procuradoria Geral do Estado (PGE)”.
Meta
No Oeste desde quinta-feira, onde cumpre agenda até este sábado, mobilizando lideranças de 15 municípios, o deputado estadual Valdir Cobalchini, que presidiu o PMDB até o mês passado, vaticinou: o partido terá candidatura própria a prefeito em 80% dos municípios em 2016.