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Sinal amarelo no PSD estadual

Partidão camaleão, perseguido pelo poder, o PSD lembra e muito as suas origens no PFL. É uma sigla onde algumas das principais lideranças não sabem viver longe do poder. No momento, o PSD, que tem ministérios na gigantesca e dispendiosa esplanada sob Lula III, faz oposição sistemática a Jorginho Mello, do PL, em Santa Catarina. Mesmo assim, sendo governo Lula e batendo no 22 no estado, lideranças pessedistas tentam ser mais bolsonaristas do que os próprios integrantes do Partido Liberal.

Não custa lembrar que nessa batida o PSD levou a pior nas eleições de 2018 e na de 2022. Em franco declínio. Há seis anos, a sigla ainda chegou ao segundo turno com Gelson Merisio, que acabou atropelado pela primeira onda Bolsonaro.

Na eleição mais recente, o candidato do União Brasil, tendo um pessedista sem votos de vice, ficou apenas em quarto lugar.

Outro aspecto. Além dos ministérios e dos generosos votos que entrega na Câmara e no
Senado, o PSD tem a presidência do Congresso Nacional na figura do vassalo Rodrigo Pacheco. O senador mineiro que se notabilizou pela dobradinha inquebrantável junto ao consórcio STF-PT.

Não é uma beleza. Esse é o modus operandi do chefão mafioso Gilberto Kassab que em São Paulo tem posição estratégica no governo de Tarcísio de Freitas, outro que foi eleito por Jair Bolsonaro. Na capital paulista, dona do terceiro maior orçamento do país, o PL vai apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes, do MDB. Aliás, o PSD também respaldará o emedebista, posicionando-se contra a candidatura de Guilherme Boulos,  apoiado por Lula, governo no qual Kassab emplacou três ministros.

Na declaração, o ex-presidente não poupou ninguém. Isso vale para um dos maiores candidatos a surfista do Bolsonarismo, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues.

O oestino é um grande malabarista, adora entreter o público. Com uma mão se segura no Kassab e em lideranças do PSD estadual e com outra tenta se pendurar em Bolsonaro.

O anúncio do prefeito, dando conta de que vai à manifestação convocada pelo líder liberal para o dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, é um sinal de comprometimento ou desespero?

Se for sinal de comprometimento, como João Rodrigues vai explicar a Bolsonaro que pretende ser candidato a governador por um partido que atua desde o início de 2023 contra Jorginho Mello e o PL catarinense?

Já que falamos no extinto PFL, não custa lembrar que o PFL deu origem também ao DEM. Isso lá sob Lula II para ter espaços no governo petista (vejam só).
Os “demos” foram assim apelidados pela petezada depois que o DEM ficou ao lado de Michel Temer, ajudando a depor a inepta Dilma Rousseff.

Somando tudo, tem-se que João Rodrigues será um penetra nesse evento. Nenhum prefeito, vereador ou pré-candidato poderá subir no palanque uma vez que estamos em ano eleitoral.

E ninguém o convidou. Ele tomou a iniciativa de gravar um vídeo informando aos incautos que estará na Paulista.

Agora tudo mudou. O PT retomou o poder central e lá está o PSD, que é da mesma origem, confortavelmente instalado no governo. Mesmo assim, buscando iludir os incautos em Santa Catarina.

A grande verdade é que o PSD teme sobremaneira enfrentar o PL nas grandes cidades que administra no estado nas eleições de outubro.

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