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FIESC projeta boa fase para setor de defesa com nova política industrial

Santa Catarina sai na frente com novo formato do SC Expo Defense, focado na geração de negócios para as indústrias catarinenses

A perspectiva da injeção de recursos não reembolsáveis por meio de chamadas públicas de subvenção econômica como as lançadas pela Finep, no valor de R$ 280 milhões,  e de novas fontes de financiamento previstas na política do governo federal tem como meta alcançar a autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas de maneira a fortalecer a soberania nacional no setor.

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e presidente do Conselho Temático da Indústria de Defesa e Segurança da CNI (Condefesa-CNI), Mario Cezar de Aguiar, outras medidas com foco em melhorar o ambiente de negócios também animaram o setor. “A perspectiva de consolidação da cadeia produtiva aeroespacial e de mecanismos de fomento às exportações foi vista com bons olhos pela indústria, assim como a possibilidade de parcerias estratégicas com o governo para a criação de novas tecnologias críticas desenvolvidas em conjunto”, avalia.

A expectativa é de que essas tecnologias, inicialmente pensadas para o setor de Defesa e Segurança, acabem transbordando para outros segmentos, impactando um número ainda maior de negócios e setores. “Essa é uma tendência que já observamos hoje. E esse é um dos fatores que levou a FIESC a pensar em um novo formato para a terceira edição da SC Expo Defense, evento que promove o setor de defesa no estado”, destaca o presidente da entidade.

Mais do que uma feira, com produtos e serviços em exposição, a SC Expo Defense tem o objetivo de apresentar demandas e tendências de mercado e favorecer conexões e relacionamento entre a indústria e as Forças Armadas. Outro objetivo é promover a troca de conhecimento e experiências entre as empresas, com foco no fomento a parcerias e novas tecnologias. O evento ocorre em maio na sede da FIESC em Florianópolis.

“Um dos diferenciais do evento na edição de 2024 é a área destinada a startups, com potencial para atender um eixo fundamental da nova política industrial, de desenvolver tecnologia 100% nacional para projetos críticos de defesa. A meta do governo é chegar a 50% de produção nacional, e estamos certos de que as indústrias catarinense e brasileira podem atender a essa expectativa”, avalia Aguiar.

Na avaliação da FIESC e CNI, as empresas estratégicas de defesa vivem um bom momento, mas toda a indústria pode se beneficiar da inclusão do segmento nas prioridades da política industrial, já que ela contempla também compras públicas dos mais diversos itens, como meias, alimentos e até simuladores complexos, por exemplo.

Bom momento

Além da previsão de investimentos por meio das chamadas públicas da Finep, os bons ventos para o setor também incluem discussões para que o Brasil seja signatário de um acordo com o Departamento de Defesa norte-americano. O Condefesa nacional foi consultado pelo governo federal e já se manifestou favorável à adesão ao chamado DEFARS, documento de regulação e compliance norte-americano que estipula regras para o fornecimento de materiais para as forças armadas e demais órgãos vinculados ao Departamento de Defesa dos EUA.

A inclusão do Brasil como DEFARS Qualifying Country permitiria a exportação de produtos e serviços brasileiros para o maior mercado de defesa do mundo e também para os demais países da OTAN e aliados dos Estados Unidos.
“Nossa indústria precisa estar atenta a esses movimentos e assumir o protagonismo. Participar de eventos como a SC Expo Defense é uma oportunidade de imersão nas discussões e novidades do setor”, destacou o presidente da FIESC e do Condefesa Nacional.

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