Deputada federal Júlia Zanatta fez questão de levar seu amigo e colega Eduardo Bolsonaro para uma conversa – e o registro fotográfico – com o prefeito de Florianópolis, Topázio Silveira Netto, um dos ícones atuais do PSD.
Depois, a catarinense e Bolsonaro tiveram agenda com o governador Jorginho Mello. Ou seja, Júlia está, literalmente, se atravessando na condução partidária. Jorginho é o presidente estadual do partido.
Houve um caso já em santa Catarina em que um deputado federal “construiu” uma chapa para o pleito deste ano e o governador vetou categoricamente.
Nos bastidores, é voz corrente que Jorginho anda incomodado com os movimentos de Júlia Zanatta.
Enquanto ela emite sinais de que se afasta do comando liberal em Santa Catarina, a deputada procura manter os canais azeitados em Brasília.
Por aqui, Júlia Zanatta está se aproximando cada vez mais do PSD. Na manifestação popular de fevereiro na Avenida Paulista, a parlamentar circulou ao lado de Arleu da Silveira, o nome do PSD para a sucessão de Clésio Salvaro, também pessedista. Junto deles estava o marido de Júlia Zanatta.
A deputada quer indicar o cônjuge como vice de Arleu. Ela circula à vontade com os pessedistas, mas se afasta do primo, o também deputado federal Ricardo Guidi, que é o candidato do governador em Criciúma. Embora ainda esteja filiado ao PSD por força da lei.
Essa movimentação de Júlia Zanatta tem causado perplexidade nas fileiras do PL e dos conservadores.
Afinal de contas o PSD é governo Lula, tem três ministérios na gigantesca esplanada atual e, no Senado, o partido formou bloco com o PT.
foto>divulgação