Sindilojas apoia ação da CDL e repudia ação criminosa contra prestadora de serviço à comunidade. “Todos nós acabamos pagando pelo ato terrorista que prejudica não apenas a empresa terceirizada, mas a toda a sociedade e esperamos uma resposta rápida e efetiva do poder judiciário”, destacou o presidente do Sindilojas de Florianópolis, Marcelo May Philippi.
Segue a nota da CDL na íntegra:
“TERRORISMO SINDICAL
A confirmação, pelos órgãos de segurança pública, de que o caminhão de coleta alvo de ação criminosa na última terça-feira (12) foi seguido de perto por veículo locado por membros da diretoria do sindicato responsável por mais uma paralisação ilegal de serviços públicos na Capital é apenas um detalhe nada passageiro de uma situação ainda mais grave e que deve ser combatida com o máximo rigor da lei.
Estamos a nos referir ao flagrante abuso do direito sindical, na medida em que se observa um grupo, acobertado pelas prerrogativas de uma carta sindical, confundir o legítimo direito de reivindicação por melhores condições de trabalho com a prática de crimes contra o patrimônio público e, por extensão, contra a sociedade que custeia, através de impostos sempre crescentes, a prestação de serviços essenciais para o povo.
Assim agindo, traem a confiança de seus próprios filiados — a grande maioria pessoas de bem e que certamente não compactuam com os pérfidos métodos de que se valem para empunhar a bandeira da “defesa dos direitos da classe trabalhadora”.
Que se diga com todas as letras: Florianópolis foi vítima de um ato de terrorismo sindical.
O Poder Público precisa ir a fundo nas investigações, identificando os responsáveis e sancionando-os exemplarmente na forma da legislação penal em vigor. Necessária, também, uma séria reflexão sobre a manutenção dos privilégios legais conferidos ao sindicato por trás da ardilosa ocorrência — inclusive postulando, junto aos órgãos competentes, a punição de seus dirigentes ou até mesmo a cassação da carta sindical, um poderoso documento que não pode ser travestido em instrumento de salvo-conduto para a prática de ilícitos.
A Prefeitura Municipal de Florianópolis também tem lições a aprender aqui. As penalidades impostas pelo Poder Judiciário quando da constatação de ilegalidade da greve precisam ser executadas à exaustão, sem qualquer espécie de flexibilização. De largada, já há mais de R$ 700 mil reais a serem ressarcidos em razão do veículo destruído. Que cada centavo seja cobrado como medida de respeito àqueles que, com o suor de seu trabalho e correndo riscos diariamente, ajudam a manter de pé esta cidade.
É o mínimo que a sociedade civil, ordeira e ciosa de seus direitos e deveres, espera.
Diretoria da CDL de Florianópolis”
foto>CBMSC, divulgação