O sucesso de um empresário pode ser mensurado pelo reconhecimento de seus clientes. E a satisfação é completa quando o próprio empresariado admite o destaque de uma marca. Aos 49 anos de idade, Sandro Luiz Pallaoro (C na foto de capa) realizou mais um sonho. Foi eleito o Empresário do Ano 2015. Com o troféu Nelson Galina em mãos, entrou para o grupo que, até então, servia de exemplo para ele. O Empresário do Ano é uma das maiores honrarias destinadas ao empresariado catarinense. O evento é organizado pela ACIC, e a edição de 2015 contou com a apoio institucional do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul.
O paranaense de Pato Branco começou a trabalhar em empresas da família aos 14 anos de idade. Aquele responsável office boy logo despontou como um possível administrador. Em 1994 assumiu a Cantu Alimentos, em Chapecó, e assim começou a história com o oeste catarinense.
Apesar da dedicação à administração da distribuidora de frutas de um primo, a paixão pelo futebol e o sonho de ser um jogador sempre o acompanharam. Foi esse sentimento que aproximou Pallaoro da Associação Chapecoense de Futebol e em 2008 aceitou o convite para presidir o clube. Seis meses depois ele abriu a própria empresa, a Pallaoro Distribuidora de Frutas.
Das 23 edições já realizadas do Empresário do Ano, em 18 delas Pallaoro sonhava um dia estar no palco recebendo o
troféu. “Com organização e muito trabalho, chegou a minha vez. E foi assim com minha empresa e com a administração da Chapecoense. Aos poucos e com os pés no chão é possível alcançar qualquer meta”, ensina o agraciado.
Tamanha persistência fez com que o presidente da Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina), Ernesto João Reck, percebesse, no momento da premiação, que o empresário escolhido representa o lema da entidade: “a gente quer, a gente faz”. “O empresariado precisa se reinventar a cada dia diante de um governo que não está fazendo sua parte. Mas juntos daremos nossa grande contribuição para um estado melhor, assim como faz o Sandro Pallaoro elevando o nome da cidade por onde a Chapecoense vai”, declarou Reck.
A Mercoflora 2016, lançada em setembro pela Acic, foi destaque também na fala de Reck. O evento que acontecerá nos dias 14, 15 e 16 de julho no Parque da Efapi, em Chapecó, foi considerado pelo presidente como um incentivo para que o homem do campo permaneça na atividade agrícola. “O evento trará para a região Sul do país mais uma possibilidade para que o agricultor tenha melhor renda. A feira só não terá animais, mas o restante estará no evento”, ressaltou o presidente da Facisc. Ele destacou ainda o apoio que a Mercoflora tem das entidades da região e da perspectiva de que a feira se multiplique em outros eventos pela imensa abrangência que terá e, assim, oportunizando ao produtor rural a manutenção de suas atividades no campo.
Elogios e felicitações também não faltaram da parte do representante do Poder Legislativo de Chapecó, vereador Ildo Adão Antonini, e do representante do governo do estado, secretário de desenvolvimento regional Américo do Nascimento Junior. Além de Sandro Pallaoro, também foram finalistas o empresário Gilson Vivian (Inviolável Segurança 24 Horas e Prática Serviços Ltda.) e Irino Schwambach (Contaseg Contabilidade e Seguros). Os três foram citados pelo representante da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado estadual Gelson Merísio, como exemplos de empresários catarinenses que superaram esse ano que apresentou diversas dificuldades econômicas. “São empresários assim que fazem Santa Catarina ser destaque em índices como o melhor estado para viver e empreender”, avaliou Merísio. O deputado ainda ressaltou que os órgãos públicos estão revendo e enxugando custos
pagos pelos catarinenses. Ele lembrou que esse tipo de administração só se faz em momentos de crise. “Entendemos as dificuldades, mas brigamos para que o nosso estado tenha o melhor resultado econômico do Brasil nesse momento de limitações”, destacou.
Para o prefeito de Chapecó, José Caramori, a história de Sandro Pallaoro expressa a cultura do povo chapecoense que estende a mão sempre que necessário. O prefeito considerou que o empresário diminuiu seu tempo de dedicação para a família e para o próprio negócio para cuidar de um negócio que é de todos: a Chapecoense. “São pessoas como Pallaoro que colocam Chapecó em primeiro lugar no ranking das cidades brasileiras que mais geram empregos. Menos lágrimas e mais suor resultam no que teremos futuramente”, avaliou Caramori.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), Bento Zanoni, incentivou os demais empresários a buscarem o troféu Nelson Galina, independentemente do tamanho da empresa. “Só ganhar dinheiro não adianta. É preciso fazer algo pelo social. Nós sabemos gerar empregos, mas somos sugados pelo poder público que só sabe cobrar impostos e mais impostos”, desabafou o presidente.
Eleição
O processo de eleição ocorreu em duas etapas. A primeira foi cumprida no período de 3 a 22 de novembro, com votação on line. A segunda e última etapa foi na última quinta-feira (26), quando foram anunciados os três empresários de maior votação na primeira etapa e, logo após, os associados presentes votaram para escolher, entre eles, aquele que receberia o troféu Nelson Galina e seria proclamado o Empresário do Ano 2015.
Na foto interna, da E para a D: Gelson Merísio (presidente da Alesc), José Caramori (prefeito de Chapecó) e Bento Zananoni (presidente da ACIC).
Fotos: divulgação