Inúmeros empresários questionam: Como sobreviver a crise? A resposta que mais escutam é “inovar”, entretanto a subjetividade do termo pouco ajuda, pois sem a colaboração de um profissional da área a praticidade e objetividade das ações não são vislumbradas. Hoje, a inovação não é uma opção e sim uma necessidade. O ideal é que as medidas inovadoras contemplem resultados de médio e longo prazo, mas para a concreção desse feito uma mola propulsora seria a colaboração do governo à transmissão de segurança ao meio através, também, da elaboração de um programa de planejamento econômico para os anos vindouros.
Entretanto, independente dos problemas e da ausência dos dirigentes do país à elaboração de um plano econômico futuro, os empresários não devem ficar na inércia, permanecer na mesmice, paralisados, esperando que as coisas voltem ao normal ao natural. É premente às empresas adaptarem-se ao cenário atual e reverem suas necessidades e prioridades.
Em curto prazo existem medidas inovadoras, mas elas devem ter como cunho, por mais dolorido que possa parecer, a manutenção e não o aumento da lucratividade, pois o momento não é propício para o feito. Soma-se a isso, ainda, o fato de que as perspectivas econômicas para os próximos dois três anos não são animadoras. Apesar de muitos empresários não admitirem e odiarem a hipótese, é fundamental compreenderem que reduzir o ritmo da atividade empresarial não é vergonha, tampouco sinal de má gestão, mas sim sinal de prudência. Muitos revoltam-se com a situação do país, mas insistem em manter o mesmo ritmo de antes da crise, o que não é salutar, salvo raras exceções.
A busca da resposta a uma pergunta é latente no meio empresarial: Como vender se ninguém está comprando? Ao invés de responder explanando melhor é sintetizar com outra pergunta para que os próprios reflitam: As pessoas ainda querem comprar o que você vende? Válido, ainda, acrescentar mais duas perguntas: O que você vende atende as atuais necessidades dos seus clientes? Você efetivamente sabe o que eles querem?
Luiz Henrique Belloni Faria, Presidente da Ordem dos Economistas de Santa Catarina